A médica veterinária Fernanda Ferro Triaca (CRMV 19805 PR) traz dicas e orientações sobre o assunto

A maioria das pessoas que têm um animal de estimação conhece muito bem a seguinte realidade: você vai até a cozinha e prepara algum alimento para consumir. Você se senta na mesa ou sofá para comer e quando vê, o seu bichinho está ao seu lado te observando com uma carinha dó ou te encarando fixamente, induzindo a você uma parte do que está comendo, ou ele simplesmente pula no seu prato de comida sem mais nem menos. 

Você sabia que isso é muito perigoso?

Segundo a médica veterinária, Fernanda Ferro Triaca (CRMV 19805 PR), existem alimentos que os pets não podem ter contato em hipótese nenhuma, nem mesmo quando você prepara o alimento do seu animalzinho de forma natural. Confira alguns dos principais o que eles podem causar, se algum pet ingerir um de desses alimentos:

Chocolate: O chocolate contém teobromina, uma substância que é tóxica para cães e gatos. Pode causar sintomas como:

  • vômitos
  • diarreia
  • agitação
  • aumento da frequência cardíaca e, em casos mais graves, convulsões e até mesmo a morte.

Café: causa problemas no sistema nervoso, pode ter tremor músculos e vômitos 

Cebola e alho: a ingestão desses alimentos podem causar anemia em pets. Por isso é preciso ter muita atenção, pois usamos muito nossos alimentos.

Abacate: O abacate contém uma substância chamada persina, que pode ser tóxica para cães e gatos. Pode causar vômitos, diarreia e dificuldade respiratória.

Além disso, a carne de frango pode apresentar um certo perigo, porque o osso do frango é fácil de quebrar e acaba formando pontas agudas, podendo perfurar algum órgão do animal quando ingerir osso de frango quebrado. Ou seja, nada de osso para o seu pet, somente a carne.

“Se o animal ingerir qualquer um dos alimentos, mesmo que ainda não tenham desenvolvido os sintomas, é de suma importância que o tutor leve o seu bichinho a uma médico veterinário para examiná-lo e tomar os cuidados necessários para a situação”, orientou Fernanda.

 

Então o que o meu pet pode comer?

A dra. Fernanda explica que algumas frutas são excelentes para os animais. “Existem várias frutas que são seguras e saudáveis para os pets. Mas devemos oferecer em pequenas porções e sempre remover sementes, caroços e cascas que possam ser prejudiciais.”

As frutas seguras são: 

  • Maçãs (sem sementes): As maçãs são uma boa fonte de vitaminas A e C, possuem fibras.
  • Bananas: As bananas são ricas em potássio e vitaminas B6 e C.
  • Morangos: Os morangos são ricos em antioxidantes, fibras e vitamina C.
  • Melancias (sem sementes): A melancia é uma fruta refrescante e hidratante para os pets.

 

Lidando com os pets que pedem comida

Um outro conselho de Fernanda é sobre como lidar com um animalzinho te pedindo comida ou avançando sobre o seu prato. Ela pede para que siga seguintes dicas:

 

1- Estabeleça uma rotina de alimentação: Mantenha horários regulares para alimentar o seu pet. Será menos propenso a pedir comida fora desses horários.

 

2- Evite alimentá-lo com restos de comida: É importante não ceder à tentação de alimentar o seu animal de estimação com alimentos humanos. Além de não serem nutricionalmente adequados para eles, isso reforça o comportamento de pedir comida.

 

3- Forneça uma alimentação adequada: Certifique-se de que o seu bichinho esteja recebendo uma alimentação balanceada e adequada às suas necessidades nutricionais, consulte um médico veterinário.

 

4- Não dê comida da mesa: É importante evitar dar comida do seu prato diretamente para o seu animal de estimação. 

 

5- Ignore o comportamento de pedir comida: Se o seu animal começar a pedir comida enquanto você está comendo, ignore-o completamente. Não recompense esse comportamento com atenção, carinho ou comida. 

 

Por fim, Fernanda diz que é preciso sempre ter carinho e paciência no momento de adequação às novas regras. “ Lembre-se de que a consistência e a paciência são fundamentais para modificar o comportamento do seu bichinho de estimação. Pode levar algum tempo para que ele entenda as novas regras, mas com persistência e reforço positivo, é possível evitar que ele peça comida”, finaliza

 

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