Infarto Agudo do Miocárdio

Cuidado! Esse é um dos sinais do Infarto Agudo do Miocárdio.

Diabete melito, hipertensão arterial crônica, predisposição genética, idade, insuficiência renal crônica (pacientes em diálise), sedentarismo, obesidade, dislipidemia (alterações metabólicas lipídicas), tabagismo e estresse são fatores de risco para o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), também conhecido como “ataque cardíaco”.

O IAM ocorre, de acordo com a cardiologista, Rosane Cury, devido à isquemia do músculo cardíaco causada pela oclusão parcial ou total de uma artéria coronária, o que acarreta redução do fluxo sanguíneo com diminuição de oxigênio e nutrientes para o tecido, levando à necrose (morte celular). A oclusão coronariana geralmente ocorre pela formação de trombo (coágulo) sobre uma placa de gordura (na doença aterosclerótica).

Sintomas como dor torácica, tipo aperto, queimação ou “opressão” no centro do peito (região esternal) ou na “boca do estômago” (epigástrio), podendo irradiar para o pescoço, mandíbula, dorso e membro superior esquerdo podem sinalizar o IAM. “Esses sintomas típicos podem ser acompanhados por sudorese, náusea, vômitos e ansiedade. O IAM pode também ser ‘silencioso’, ou seja, não causar sintomas e isto acontece com mais freqüência nas mulheres, nos idosos e nos pacientes diabéticos”, revela a cardiologista.

A doença pode ser prevenida, segundo Rosane, através do controle dos fatores de risco como o tratamento adequado do diabetes, da hipertensão arterial, do nível da gordura no sangue, controle do peso, abandono do tabagismo e prática regular de atividade física. “Dessa maneira é possível prevenir o aparecimento da doença ou sua progressão”, afirma Rosane.

 

Diagnóstico e tratamento

O atendimento inicial do paciente é realizado através da anamnese (entrevista do médico com o paciente) e do exame físico. “Por meio desses procedimentos é possível suspeitar de IAM, e enquanto obtém-se a anamnese, procedemos à realização do eletrocardiograma (ECG), que em até 50% dos casos fecha o diagnóstico. Há casos que a história clínica é fortemente sugestiva, mas o ECG não é conclusivo, sendo necessário à realização de exames de sangue com dosagem dos marcadores de necrose (morte) miocárdica (troponina e creatinofosfoquinases) e então definir a melhor estratégia terapêutica para cada caso”, explica a médica.

Após o diagnóstico definitivo do IAM ou enquanto o paciente aguarda o resultado dos exames laboratoriais, o tratamento já é iniciado. “Iniciamos imediatamente o tratamento com obtenção de acesso venoso, monitorização cardíaca, administração de oxigênio, através de cânula ou máscara nasal, aspirina, vasodilatador coronariano, ansiolítico, e não ocorrendo alívio da dor usamos a morfina”, explica a cardiologista. Segundo ela, os pacientes com alteração típica do ECG são encaminhados o mais rápido possível para a recanalização da artéria com realização do cateterismo cardíaco seguido da angioplastia. Nas localidades que não dispõem deste recurso (serviço de Hemodinâmica) tenta-se a recanalização farmacológica com medicamentos injetáveis e, posteriormente, os pacientes são encaminhados para realização do cateterismo.

Os pacientes são mantidos de preferência nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) onde recebem a terapia farmacológica complementar para estabilização do quadro agudo. “Essa abordagem visa preservar o músculo cardíaco diminuindo as complicações como insuficiência cardíaca, arritmias, reinfarto e morte. È importante ressaltar que o tratamento através da angioplastia precoce é superior à revascularização farmacológica pelo menor risco de hemorragias, de derrame cerebral e pelas maiores taxas de abertura e patência das artérias (superior a 90%), menor risco de reoclusão, determinando melhor função miocárdica com melhor prognóstico a longo prazo”, diz Rosane.

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