São muitas as especialidades dentro da odontologia. Porém, todas elas, estão unidas pelo objetivo de oferecer qualidade de vida aos pacientes e elevar a autoestima através do ato de sorrir

No último dia 25, dedicamos o dia a todos os cirurgiões dentistas. É muito comum alguém pensar que o cirurgião dentista é responsável somente pela tarefa de cuidar dos dentes, mas na verdade, a sua função engloba tudo o que está relacionado à boca. Conversamos com três profissionais da odontologia, porém, com áreas de atuações distintas.

Um deles, foi o implantodontista Diego R. dos Santos (CRO-PR 20.588), que escolheu os implantes por ter um carinho especial pela área cirúrgica. “A implantodontia foi a especialidade que uniu este carinho com a gratificação de reabilitar os pacientes, devolvendo a eles a função mastigatória e estética, melhorando a sua qualidade de vida”, afirma.

O profissional relata a evolução no cenário dos implantes. Com diversos tipos e fabricantes de implantes, é possível diferenciá-los por formatos e por conexos. E, em seu consultório, o Instituto Atena, utiliza a conexão chamada Grand Morse, que traz muitos benefícios a adaptação e durabilidade das próteses.

Outro avanço muito importante na área é a carga imediata, pois sabe-se que com ela o paciente sai do consultório com os dentes implantados. Mas, nesse caso, Diego afirma que só é possível realiza-la através de um estudo de caso. “Graças a evolução dos implantes, esse tipo de cirurgia, onde realizamos o implante e a coroa no mesmo dia, está sendo cada vez mais comum”, ressalta o cirurgião dentista.

Os implantes evoluem em suas anatomias, tratamentos de superfícies e conexões têm evoluído no sentido de trazer mais velocidade ao tratamento, integração mais rápida e, mantendo ou aumentando a taxa de sucesso, que por sinal é muito alta, próxima aos 99%. Sendo assim, um implante pode ser o motivo que falta para a pessoa sorrir, já que com ele a qualidade de vida muda drasticamente, tanto na função mastigatória quanto na estética. “Muitos tem vergonha ou receio de sorrir, seja por falta de dentes ou por usarem próteses removíveis, o implante devolve esta segurança ao paciente, pois promove uma reabilitação que fica muito semelhante ao dente natural. A substituição de prótese total, (dentaduras), por prótese sobre implantes são os casos em que mais percebemos a mudança na qualidade de vida e na autoestima dos pacientes, muitos relatam que voltaram a poder comer um churrasco com maior segurança, morder um pão, uma maçã, enfim, hábitos simples do dia a dia são reabilitados com nossa especialidade, isto é muito gratificante”, destaca Diego.

Já o ortodontista Gidalti Bueno Linhares (CRO-PR 17.577) escolheu, inicialmente, a especialidade por perceber uma demanda na área. Nascido em uma família constituída por dentistas, quando concluiu a faculdade, voltou a trabalhar com o pai e, foi assim que decidiu se especializar. “Percebi que tínhamos a necessidade de ter um profissional nessa área pois encaminhávamos muitos pacientes para outros profissionais, assim, decidi fazer uma prova para a especialização em ortodontia e como consequência surgiu uma paixão que domina a minha vida profissional com exclusividade há 13 anos”, conta.

Um aparelho ortodôntico pode sim mudar a vida de muitas pessoas, pois lhe oferece qualidade de vida. Hoje, nesse mercado, são vários os modelos de aparelhos, que variam de acordo com o gosto e necessidade do paciente. “Os tradicionais braquetes metálicos continuam sendo o carro-chefe de grande parte das clínicas odontológicas no Brasil, mas existem opções mais estéticas como os de Zafira ou cerâmica e os considerados ‘invisíveis’ como os braquetes linguais e os alinhadores ortodônticos, os novos queridinhos dos pacientes”, afirma.

Para o ortodontista, a especialidade significa muito mais do que apenas corrigir dentes desalinhados, mais que trocar arcos, peças e bandas. O seu significado está na liberdade de sorrir. “Gosto de ver meus pacientes sorrindo, de estarem com a autoestima lá em cima e felizes. Isso pode parecer papo motivacional ou de vendedor, mas tenho duas histórias rápidas para contar. A primeira é de um paciente de 34 anos, que veio para Guarapuava e, na primeira consulta me disse: ‘Tenho vergonha do meu sorriso, escondo meus dentes quando falo com os outros e não gosto de tirar fotos, tenho muita dor perto do ouvido ao acordar’. Ele relatou mais coisas, mas quero focar nessa primeira parte. Você imagina ou sabe o que é ter vergonha de sorrir? Quatro meses após o início do tratamento o paciente me enviou um vídeo (sim, ele tinha vergonha de sorrir, mas agora gravou um vídeo) agradecendo pois ele conseguiu um novo emprego, melhorou a qualidade de vida da família dele, e estava muito feliz pois não se lembrava da última vez que havia tirado uma foto sorrindo. O segundo caso é de uma mulher, que na sua queixa principal disse: ‘Faço trabalhos fotográficos, mas nunca sorrio nas fotos, gostaria de poder rir sem medo’. Pois bem, aceitamos a missão de ‘libertar o sorriso’ da paciente e no mês de outubro, ao finalizar o tratamento ela nos mandou uma mensagem dizendo: ‘Obrigada por me fazer sorrir de novo’. Esses, são apenas dois de inúmeros casos que aconteceram esse ano na minha clínica mas, tenho certeza que existem inúmeras histórias semelhantes nas clínicas de todos os colegas, por isso, sigo reafirmando que a ortodontia é mais do que alinhar dentes, é devolver a qualidade de vida, a autoestima e melhorar a saúde”, conta o profissional emocionado ao ver que seu trabalho rendendo bons frutos.

Outra profissional que decidiu se desafiar foi a cirurgiã dentista Juliana Grzeidak (CRO-PR 23.937), que é especializada em odontopediatria. Todo mundo sabe que trabalhar com crianças é superar-se diariamente pois, para cada paciente, é preciso utilizar maneiras distintas de ganhar confiança. “Após estabelecido o vínculo, tudo se transforma, por isso, é extremamente gratificante. Acredito que esse seja o maior motivo pelo qual escolhi e continuo me especializando somente na área da odontopediatria, o sorriso contagiante e a alegria deles ao terem sucesso nos tratamentos é recompensador”, diz Juliana.

Outro fator desafiador nessa especialidade é o fato de necessitar ser especialista em todas as áreas, pois o tratamento varia de acordo com a necessidade de cada paciente. “Costumamos dizer que odontopediatras são dentistas especialistas em todas as áreas, já que executamos todos os tipos de tratamentos nas crianças. Desde procedimentos restauradores até cirurgias e procedimentos protéticos. O que temos notado é que com essa pandemia, infelizmente, a saúde bucal das crianças deu uma complicada. Acredito que pela mudança da rotina, a escovação acaba sendo ‘deixada para depois’ e, por isso, temos que lidar com a consequência. O índice de crianças com dor e necessidade de tratamento endodôntico (canal) aumentou muito nesse período, tenho enfatizado bastante tanto no consultório como nas redes sociais da clinica a importância da manutenção da rotina, para que esses índices possam diminuir”, relata a odontopediatra.

A “Tia Ju”, como é chamada por seus pacientes, reafirma a necessidade do acompanhamento odontopediátrico acontecer antes mesmo do nascimento. “Fazemos o acompanhamento desde a gestação, até porque, a saúde bucal da gestante interfere tanto no parto quanto na saúde bucal do bebê. Com o pré-natal odontológico, além dos cuidados com a mãe, passamos toda a orientação do que ela precisará fazer nos primeiros meses. Após o nascimento do bebê, recomenda-se a visita na odontopediatra a partir do nascimento do primeiro dentinho”, sugere Juliana.

Assim como a implantodontia, a ortodontia e as demais áreas da odontologia, a odontopediatria pode mudar a vida de uma criança, tendo reflexos positivos para o resto da vida por meio da prevenção, conforme relata a profissional. “Crianças que vem desde cedo ao dentista vão tornar-se adultos saudáveis e com consciência da importância de consultas preventivas e não somente curativas. Não há alegria maior para nós do que acompanhar o crescimento de uma criança e ver que a cada retorno só temos motivos para nos orgulhar e comemorar a visita ao dentista ‘sem bichinhos nos dentes’. Lembrando também da importância da especialidade na hora do atendimento, sempre de forma lúdica e com tudo muito colorido, fazendo com que a criança se sinta bem nas visitas ao consultório”.

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