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A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica aproveita o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, para esclarecer dúvidas sobre a doença

Criada nos anos 90, o Outubro Rosa se tornou uma das campanhas mais conhecidas para a conscientização sobre o câncer de mama.

O intuito é de difundir informações e adotar medidas de prevenção para esse tipo de tumor. Assim, o movimento busca fomentar o diagnóstico precoce, que significa maior chance de sucesso no tratamento e na cura.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este é o segundo câncer que mais acomete mulheres no Brasil. Espera-se, que até o fim de 2022 são esperados mais de 66 mil novos casos.

Por isso, durante o Outubro Rosa, mês do movimento mundial para a conscientização e combate deste tumor, as oncologistas Daniela Rosa (23791-RS | RQE 19317) e Laura Testa (124982-SP | RQE 62539), membros do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), esclarecem uma série de mitos e verdades sobre a doença. O objetivo é para elucidar alguns conceitos sobre o câncer de mama e chamar atenção para o rastreamento e a prevenção desse mal.

Desodorante pode causar câncer de mama   

Mito. Estudos demostram que a axila pode absorver os componentes dos antitranspirantes, como o alumínio, que se alojam nas mamas.

No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não existe comprovação científica de que a formulação contribua para o desenvolvimento do câncer de mama.

Atividades físicas ajudam na prevenção do câncer de mama

Verdade. Segundo o INCA, a obesidade e o sedentarismo estão ligados ao risco de desenvolvimento da doença.

Por isso, a prática regular de atividades físicas, sendo no mínimo 150 minutos por semana, pode diminuir o risco do câncer de mama.

Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar

Mito. As estatísticas mostram que apenas 10% dos casos têm origem hereditária, de acordo com dados do INCA. Ou seja, as medidas preventivas são essenciais para qualquer pessoa.

“Apesar disso, o histórico familiar influencia quando o parentesco é de primeiro grau, ou seja, se a mãe, a irmã ou a filha foram diagnosticadas. E ainda mais quando o tumor apareceu antes dos 40 anos. Nesse caso, a mulher deve redobrar a atenção e procurar o médico para a orientação da conduta adequada” completa a Dra. Daniela Rosa.

Mulheres mais velhas têm maior chance de desenvolverem o câncer de mama

Verdade. Segundo a organização americana Breast Cancer, dois em cada três casos de câncer de mama ocorrem em mulheres acima dos 55 anos de idade.

Ou seja, há uma relação direta entre a idade e o desenvolvimento da doença. Porém, o rastreamento e a prevenção da doença devem ser feitos antes dessa idade.

Quem faz autoexame não precisa fazer a mamografia

Mito. Embora o autoexame seja um aliado, nem sempre o nódulo é palpável, pois depende da sua localização e extensão. Ademais, o chamado “caroço no seio” não é o único sinal do câncer de mama. Por isso, mesmo que seja desconfortável, a mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce.

“O exame analisa microcalcificações, nódulos menores e irregularidades no entorno da mama. Além disso, é ideal que todas as mulheres, sobretudo as de 40 anos ou mais, façam o exame anualmente. No Brasil, há uma lei federal que garante esse direito” explica a Dra. Daniela Rosa.

Amamentar diminui o risco de câncer de mama

Verdade. A Dra. Laura Testa explica que durante a produção de leite as células mamárias se multiplicam em menor quantidade, reduzindo o risco da doença.

“Fora isso, a amamentação diminui o número de ciclos menstruais e, por consequência, diminui a exposição da mulher a certos hormônios que podem estar ligados a tumores, como o estrogênio”.

Todo caroço na mama é início de um câncer

Mito. Os nódulos mamários são comuns e a maioria é benigno, ou seja, não se desenvolvem em câncer. Ainda assim, se notar o surgimento de um nódulo novo, este deve ser avaliados em consulta.

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