Sad boy doing homework. Child education

Trata-se de um distúrbio neuropsiquiátrico que se inicia a infância, tornando-se mais aparente durante os primeiros anos escolares, é frequentemente associado com outros problemas comportamentais ou emocionais

O TDAH tem um grande impacto na vida familiar, escolar e social da criança. Entre as características estão: dificuldade de seguir regras e normas, problemas de conduta, agressividade, baixo rendimento escolar, dificuldades sociais e apresentam baixa tolerância à frustração e a autoestima geralmente é baixa. 

Psicóloga Shirley Pirolla Ventorini

De acordo com a psicóloga e analista do comportamento e terapia analíticos comportamental Shirley Pirolla Ventorini (CRP 08/09452), o distúrbio não possui etiologia totalmente elucidada. Porém, estudos indicam que se trata de um transtorno de origem neurobiológico, devido a uma disfunção da neurotransmissão dopaminérgica em algumas áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal e região límbica, que resultam nos sintomas de esquecimento, distraibilidade, impulsividade e desorganização. “Também se trata de uma doença de causas genéticas já que os genes implicados no TDAH codificam transportadores da dopamina, noradrenalina e receptores dopaminérgicos. É um transtorno que também pode sofrer influência de fatores ambientais”, ressalta a profissional. 

O transtorno atinge de 3% a 6% das crianças em idade escolar, com predominância do sexo masculino. “O professor pode contribuir muito para o diagnóstico e tratamento da criança com TDAH. A falta de colaboração do professor e da sua interação com os demais profissionais envolvidos com o tratamento da criança, são causas de insucesso no resultado terapêutico”, afirma a psicóloga. 

De acordo com Shirley, os procedimentos de ajuda precisam ser paulatinos. “Não há regras, nem estilos ou padrões. O professor pleno é aquele que focaliza suas atividades dirigidas ao aprendizado, selecionando, estruturando, adequando o material utilizado às características dos alunos”, ressalta. 

Tipos de TDAH

TDAH desatento

– Não dá muita atenção a detalhes ou comete erros por distração nos deveres da escola, no trabalho ou em outras atividades; 

– Tem dificuldade de manter a atenção nas tarefas ou de praticar atividades; 

– Não parece ouvir quando interpelado diretamente; 

– Não segue instruções e não termina os deveres de casa; 

– Tem dificuldade de organizar tarefas e atividades; 

– Evita engajar-se em atividades que requerem reforço mental mantido, não gosta dessas atividades e reluta em participar delas; 

– Perde as coisas necessárias para as tarefas e atividades; 

– Distrai-se com facilidade com (aos) estímulos externos. 

“Crianças com déficits de atenção necessitam de ótimo nível de estimulação para funcionar melhor”, destaca a psicóloga. 

TDAH hiperativo-impulsivo

– Irrequieto com as mãos e os pés ou se contorce no assento; 

– Deixa o assento na classe ou em outras situações que requerem a permanência sentada; 

– Corre ou sobe excessivamente nos locais, em situações inadequadas; 

– Tem dificuldade de jogar ou de se engajar em atividades de lazer de maneira tranquila; 

– Está frequentemente “a postos” ou age como se fosse impulsionado por “um motor”; 

– Fala de maneira excessiva; 

– Tem dificuldade de esperar sua vez; 

– Interrompe a conversa ou se intromete em assuntos alheios. 

TDAH misto

– Tem características simultâneas de TDAH desatento e hiperativo-impulsivo; 

Tratamentos 

O diagnóstico precoce do TDAH é essencial para que a vida daqueles que tem o transtorno seja mais saudável, isso independe de qual seja o tipo de hiperatividade apresentada. 

Segundo a psicóloga, a psicoterapia cognitiva comportamental é que dá melhores resultados. O tratamento e a abordagem adequada possibilitam à criança desenvolver seu potencial gerando a casa dia, mais confiança e coragem para superar suas dificuldades. 

E o papel da família devidamente orientada é muito importante, pois ela consegue, pouco a pouco, se reorganizar. “O portador de TDAH tem plena capacidade de ser feliz e fazer quem vive a sua volta feliz também”, ressalta a psicóloga. 

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