Embora soe estranho, a alergia a esmaltes é mais comum do que se imagina

 

Sinônimo de beleza e autocuidado. O ato de pintar as unhas é extremamente popular e é de suma importância em eventos importantes como casamentos ou jantares, juntamente com a maquiagem. Há quem diga ainda que a cor de esmalte reflete a nossa personalidade, assim como as cores das nossas roupas que podem apontar qual o nosso humor naquele dia.

A técnica de pintar as unhas é antiga, segundo estudos, a origem do esmalte é de 3500 anos a.C., muito provavelmente da China. Nesse contexto, ter as unhas pintadas tinha função para além da estética. Elas  serviam como identificação da posição social, tanto de homens, quanto de mulheres a partir de diferentes tonalidades de prateado. 

Já no Egito Antigo, existem relatos de que a icônica rainha do Egito, Cleópatra, só permitia que ela mesma pintasse as unhas de vermelho. Nessa época, a composição dos esmaltes era à base de clara de ovos, goma arábica (uma resina natural retirada de árvores endêmicas da região subsaariana da África), cera de abelha e gelatina. 

Os esmaltes que conhecemos hoje possuem proveniência do início do século XX, sendo desenvolvidos a partir de tinturas para carros, ganhando grande popularidade e se tornando um produto presente em praticamente todos os salões de beleza e casas. 

 

Esmaltes x Alergia

Ouvir falar de alergia ao esmalte não é comum, porém ocorre com bastante frequência. Isso é porque, atualmente, pintamos as nossas unhas com esmaltes que possuem algumas substâncias que causam alergias e até danos à saúde. “Existem mais de 20 substâncias que podem causar alergia aos esmaltes. Dentre elas estão o Formaldeído, Tolueno, Metacrilatos, Metais como Níquel e Cobalto”, afirma Julinha Lazaretti, especialista em alergia e imunologia e sócio-fundadora da Alergoshop. 

De acordo com a especialista, quem tem alergia a esmaltes pode desenvolver sintomas inusitados e que aparentemente não se relacionam com as unhas. “Curiosamente os sintomas mais comuns das alergias aos esmaltes aparecem como vergões no pescoço e inchaço dos lábios e olhos que podem ser concomitantes ou apenas um desses sintomas isoladamente. E também existem sintomas nas cutículas que ficam inflamadas e sensíveis”.

Percebidos estes sintomas, Julinha aconselha a remoção dos esmaltes e aguardar pelo menos uma semana e observar se eles somem. “Desaparecendo ou não, o próximo passo é procurar um médico especialista para realizar os testes para confirmar o diagnóstico e saber exatamente qual é a ou as substâncias que causaram a alergia e assim poder evitá-las. Uma vez que podem estar presentes em outros produtos usados durante a manicure ou até mesmo nos instrumentos utilizados como os alicates e espátulas que podem conter níquel e cobalto”, informa a especialista. 

Segundo Julinha, além de causarem alergia, alguns esmaltes podem conter alguns componentes perigosos como o Bisfenol A e Dibutilftalato. A especialista explica que alguns estudos já demonstraram que essas substâncias podem causar um desequilíbrio hormonal principalmente em fetos do sexo masculino. Também podem conter metais pesados que acabam se acumulando no organismo e são suspeitos de desencadear outras doenças como câncer.

 

Como solucionar o problema?

Ter alergia a esmaltes não significa que você nunca mais vai pintar as unhas. Existem esmaltes hipoalergênicos que não possuem as principais substâncias desencadeadoras de reações alérgicas. 

Com relação aos componentes perigosos tais como Bisfenol A e Dibutilftalato. Caso queira evitar o contato e eventuais doenças que possam causar. Verifique a fórmula do esmalte sempre que for passar nas unhas ou comprá-lo.  

 

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