Saiba como prevenir e tratar a gastrite, aquela queimação no estômago

 

        Vire e mexe você sente que seu estômago está pegando fogo? Então é bom ficar alerta: pode ser gastrite. A inflamação da mucosa do estômago é uma doença típica dos nossos tempos, e quem sofre desse mal apresenta sintomas como dor de estômago e queimação. Essa inflamação no órgão que tem como responsabilidade preparar os alimentos e enviá-los ao intestino delgado aparece quando suas paredes internas passam a não suportar o ácido que circula por ali, e que é essencial para a digestão das proteínas.

De acordo com o gastroenterologista Jean Ricardo Nicareta, uma bactéria do estômago, a H. Pylori, é a principal causa da ardência estomacal. O micro-organismo se aloja no órgão e enfraquece o revestimento que o protege, permitindo que os sucos digestivos irritem as paredes do estômago.

Outro fator causador da gastrite, conforme Jean, pode ser a automedicação de remédios para dor como antiinflamatórios, aspirina, diclofenaco, entre outros. Doenças inflamatórias que afetam o estômago também podem ser geradoras desse mal, assim como bebidas alcoólicas e o cigarro. É comum pensarmos que uma alimentação não saudável pode causar gastrite. Segundo o médico, é muito difícil de acontecer. “Os alimentos em si não geram gastrite, mas intensificam os sintomas”, pondera.

De acordo com o gastroenterologista, alimentos e bebidas como: café, chocolate, bebidas alcoólicas, alho, pimenta, mostarda, cebola, molho de tomate, vinagre e frutas ácidas, como o abacaxi, a laranja, o maracujá, o limão e a acerola, são alguns dos vilões que devem ser evitados quando o estômago está inflamado, pois estimulam a produção de ácido estomacal ou agridem diretamente a mucosa do órgão, causando desconforto e queimação.

 

Gastrite nervosa

Não é incomum ouvirmos falar de gastrite nervosa, termo utilizado para explicar a gastrite associada a fatores emocionais. Levar uma vida corrida, com uma forte pitada de estresse e ansiedade e mais uma de comida pouco saudável, com frituras e gorduras, e ingerida às pressas, são fatores que podem ter um grande impacto na saúde. Sendo o estômago um dos mais prejudicados.

De acordo com o gastroenterologista, o estresse, nervosismo e ansiedade podem deixar a pessoa mais sensível a gastrite e com maior probabilidade desse incômodo se instalar em seu organismo. “Não é só o fato de comer mal, é todo um processo. É viver mal, se estressar, dormir mal, usar remédios que não deve, não procurar um médico quando tem dor. Às vezes, ao se automedicar por uma gastrite sem orientação médica você pode estar mascarando um problema mais sério, evitando um diagnóstico mais exato. Os sintomas da gastrite podem esconder até um câncer gástrico, por isso é preciso ter os cuidados adequados”, aconselha o médico.

 

Atitudes que aliviam o mal

Há medicamentos que aliviam os sintomas da gastrite, mas se você deseja combatê-la de vez é importante mudar alguns hábitos. O médico Jean Nicareta dá algumas dicas:

1. Parar de fumar. O cigarro colabora para a produção de ácido no estômago;

2. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

3. Beber menos café durante o dia. Nos períodos de crise, o melhor é evitá-lo;

4. Tentar controlar o estresse praticando uma atividade física;

5. Diminuir os alimentos gordurosos e as frituras do cardápio;

6. Não dormir de estômago cheio. Esperar no mínimo 2 a 3 horas para se deitar;

7. Fracionar a alimentação, comendo várias vezes ao dia e em quantidades menores, pois quanto mais tempo seu organismo ficar em jejum, maior a produção de ácido;

8. Comer devagar, mastigar bem e sem pressa. Quanto mais seu organismo demorar para fazer a digestão, maior será a produção de ácido, e mais desconforto será gerado.

 

Por Camila Neumann

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