A doença atinge todas as faixas etárias, de crianças a idosos.

A esteatose hepática é uma alteração na consistência, textura, do fígado. “Ela é identificada geralmente na ecografia, e no exame percebe-se que o fígado tem uma alteração da consistência. Essa alteração ou até mesmo a alteração do funcionamento do fígado é considerado esteatose hepática, isto é,  um fígado que está gorduroso ou que tem o seu funcionamento alterado”, explica o gastroenterologista Dr. Jean Nicareta.

Excesso de peso e álcool estão entre os principais motivos para desencadear a esteatose hepática. Segundo o gastroenterologista, quando a pessoa aumenta de peso ela acumula gordura em todo o corpo , inclusive no fígado,  e esse acumulo de gordura no fígado pode conduzir para uma esteatose hepática.  Outros fatores que ocasionam a esteatose são doenças sistêmicas no organismo, como diabetes, colesterol alterado, uso de medicação, especialmente medicações que alteram o funcionamento do fígado, e hepatites.

Engana-se quem pensa que só adultos podem ter esteatose hepática, qualquer faixa etária pode desenvolver a doença. “Cada faixa etária tem um motivo específico. As crianças também podem desenvolver esteatose, ainda mais que hoje as crianças são mais obesas e comem mais besteiras, gorduras. De modo geral, todas as faixas etárias podem desenvolver esteatose, desde crianças até idosos”, diz o médico.

Nas crianças, conforme Dr. Jean, um dos principais motivos é a obesidade e a doença congênita do fígado que aparece como uma esteatose.

A esteatose é classificada por graus mais leves e graus mais elevados. “Os graus mais leves de esteatose não altera o funcionamento do fígado, o fígado está alterado em sua consistência, mas ele trabalha de uma forma adequada e a medida que vai progredindo até chegar a hepática grave acaba causando alteração no trabalho do fígado e essa alteração pode levar a outras alterações no organismo”, esclarece o médico.

Uma esteatose hepática grave pode conduzir até uma cirrose do fígado, provocar uma lesão do fígado irreversível, que em raras situações pode chegar até a necessidade de transplante hepática para curar a doença.

Contudo, o gastroenterologista diz que é importante informar ao paciente  com diagnóstico de esteatose para não se alarmar, porque geralmente não é nenhum problema sério, é simplesmente um fígado gorduroso o qual precisa ser mudado alguns hábitos. Claro que é preciso passar pela avaliação de um médico clínico geral ou gastroenterologista para que ele verifique se a esteatose é leve ou não.

O tratamento para a maioria dos pacientes é simplesmente a mudança de hábitos e de alimentação. “Se a esteatose for provocada pela hepatite é tratado a hepatite, se for provocada por remédios suspende o remédio, se for pelo álcool suspende o álcool, na maioria dos casos é só acompanhar e monitorar a doença. Em último caso, se tiver uma alteração importante , é preciso fazer um tratamento intensivo, com uso de remédios, dietas, emagrecimentos para que a doença possa ser controlada”, observa Dr. Jean.

 

Sintomas

A esteatose, geralmente, é uma doença silenciosa. Segundo Dr. Jean,  o diagnóstico é obtido quando o paciente faz um exame de rotina, por exemplo, vai fazer uma ecografia porque está com uma alteração do rim ou o paciente faz uma avaliação pré-operatória e identifica que está com esteatose. “O paciente desenvolverá  sintomas de falência hepática ou cirrose quando for uma doença avançada”, completa.

Para manter o fígado saudável, o gastroenterologista diz que nunca é demais lembrar a máxima: “vida saudável mantêm o fígado saudável. A prevenção é manter o peso, alimentação saudável, sem ingerir gorduras, sem excesso de carboidratos, açúcar, quem tem problemas de colesterol, triglicerídeos e diabetes controlar, evitar o álcool, fazer dietas, exercícios físicos regular, tudo isso protege também o fígado.

 

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