O vaginismo torna a penetração muito difícil ou até impossível, fazendo com que a relação sexual seja extremamente dolorosa e traumatizante

Conhecida como vaginismo, a doença é um espasmo dos músculos do períneo e próximos a vagina, característico por ser incontrolável e involuntário, tornando a penetração muito difícil ou até impossível, fazendo com que a relação sexual se torne dolorosa e traumatizante, conforme explica o médico ginecologista Ricardo Delle Done (CRM 30592).

“Entre os sintomas dessa doença estão dor ou dificuldade durante a manipulação vaginal, muitas vezes, pela própria mulher. Dificuldade na inserção de absorventes internos e coletores menstruais, dor durante o exame ginecológico e também a associação com quadros de ansiedade, frustração e baixa autoestima”, ressalta o médico.

O vaginismo pode ser primário, ou seja, desde a primeira relação ou adquirido. Situações de estresse, traumas, dor pélvica durante a relação ou até mesmo abuso podem estar associadas.

Diagnóstico

O diagnóstico deve ser feito somente pelo ginecologista, preferencialmente que tenha especialidade em sexologia (área de atuação específica para os distúrbios referentes a relação sexual). “É muito importante que seja realizada uma avaliação completa, tentando entender os fatores desencadeantes para o início dos sintomas. Também devem ser excluídas causas de dor pélvica durante a relação como infecções pélvicas e endometriose (essas, se não tratadas podem levar a um quadro de vaginismo posteriormente)”, afirma Ricardo.

A notícia boa é que essa doença tem cura. Por isso, o médico enfatiza que dor durante a relação sexual não é normal e tem sempre que ser investigada. Muitas mulheres sentem dor, acreditam ou ouvem que é normal e não sabem que estão passando por algum distúrbio relacionado ao sexo.

Tratamento

 O tratamento é multidisciplinar e acontece na interação entre o ginecologista especialista em sexologia, fisioterapeuta e psicólogo. “São realizados exercícios pélvicos, terapias psicológicas, uso de cremes ou géis, dilatadores e até Botox. O mais importante é que o diagnóstico seja feito corretamente e que seja dada a devida importância, mais uma vez enfatizando que a dor para ter relação sexual não é normal”, destaca Ricardo.

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