Doença muito presente na vida dos jovens, a ansiedade pode ser uma barreira difícil de ultrapassar

 

A ansiedade é um fenômeno natural do comportamento humano, mas seu excesso tende a ser prejudicial. Algumas situações que nos submetem a momentos de pressão geralmente são os principais gatilhos para gerar transtornos de ansiedade. Em grande parte dos casos, as pessoas desenvolvem uma ansiedade social. Nos adolescentes, o convívio com outros indivíduos é totalmente prejudicado e a ansiedade faz com que eles se isolem cada vez mais, por medo de uma avaliação negativa das outras pessoas e do julgamento imposto pela sociedade. A partir disso, as consequências desse transtorno podem ser extremamente graves para a saúde mental de quem sofre com esse malefício. “O transtorno de ansiedade faz com que o adolescente tenha o autofoco elevado, ficando intensamente concentrado em seu desempenho social, imaginando a impressão que está causando nos outros. Com esse comportamento evitativo que a ansiedade gera, acaba se desenvolvendo uma fobia social”, explica a psicóloga Jessica Belo.

Por isso, o transtorno de ansiedade é considerado uma doença. Na verdade, uma das mais comuns na adolescência por se tratar de um período transitório entre a infância e a vida adulta, na qual os adolescentes se deparam com novas situações e realidades, como por exemplo: escolher profissão, começar a trabalhar, encontrar um sentido para sua vida, desenvolver sua identidade e construir autonomia. Todas essas exigências geram um percurso cheio de dúvidas, inseguranças e angústias, levando o adolescente a ficar ansioso.

Os transtornos de ansiedade e depressão estão correlacionados, podendo um ser consequência do outro. Isso acontece quando a ansiedade gera um medo no adolescente, causando uma crença muito negativa sobre si mesmo, o que faz com que ele se isole e perca as esperanças sobre si e seu potencial. Esse comportamento faz com que o adolescente passe a ter o humor deprimido, desenvolvendo uma exponencial depressão.

“Podemos lidar com a ansiedade de várias formas, mas é essencial procurar ajuda psicoterapêutica e psiquiátrica para alívio dos seus sintomas. O estilo de vida conta muito também para o alívio dos sintomas ansiosos. Portanto, é essencial praticar exercícios físicos, comer corretamente, ter um tempo de descanso, organizar a rotina e um tempo de qualidade para o lazer”, salienta a psicóloga sobre alguns meios de lidar com esse tipo de transtorno. Além do tratamento e estilo de vida, existem algumas outras formas de lidar com a ansiedade. São elas:

  • Aceitar que está passando por dificuldades, que está ansioso e não negar o transtorno;
  • Agir mesmo estando ansioso, ou seja, não fugir das responsabilidades e decisões, fazendo o que precisa ser feito por mais que seja em um ritmo mais lento. Parar de fazer tudo só faz com que o medo aumente e a ansiedade se fortaleça;
  • Praticar uma respiração correta e diária, avaliar e examinar seus pensamentos e o que está falando para si, para que passe a pensar racionalmente se aquilo é verdadeiro ou não.

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