As alterações na tireoide podem causar diversos sintomas, que se não forem bem interpretadas podem passar despercebidos

 

Os hormônios da tireoide são essenciais para o desenvolvimento do sistema nervoso das crianças, e para o controle das atividades metabólicas nos adultos, afetando a função de praticamente todos os órgãos do corpo.

A principal função da tireoide é manter o metabolismo. Suas principais alterações podem estar relacionadas ao seu funcionamento, o qual pode ser hipotireoidismo, pouca produção hormonal, ou hipertireoidismo, relacionado ao excesso de hormônios no organismo, conforme explica a médica endocrinologista Fabiana Dieguez.

Outras alterações possíveis de encontrar na tireoide são os nódulos, os quais podem ser benignos ou malignos. “O diagnóstico é feito a partir de exames de sangue e ultrassonografia de tireoide. Porém, não solicitamos os exames para todos os pacientes, somente para aqueles que o exame clínico seja alterado e o médico julgue ser necessário. Os exames que usamos como triagem diagnóstica seriam somente o TSH (sigla para hormônio estimulante da tireoide) e a palpação da tireoide”, afirma Fabiana.

 

Hipotireoidismo: aparece quando existe falta de produção do hormônio no organismo e os seus principais sintomas são queda de cabelo, cansaço, sonolência, pele seca, entre outros. “O seu tratamento é feito a partir da reposição do hormônio através de comprimidos via oral, sempre lembrando que este deve ser tomado em jejum pela manhã, e a pessoa deve aguardar 30 minutos para fazer seu desjejum ou tomar qualquer outro medicamento. Na maior parte das vezes, este é feito para o resto da vida”, salienta Fabiana.

Entre os fatores de risco do hipotireoidismo estão à idade maior que 60 anos, bócio (aumento do volume da tireoide), histórico familiar, radioterapia de cabeça e pescoço, síndrome de Down, uso de medicamentos, entre outros.

 

Hipertireoidismo: a tireoide começa a produzir mais hormônios do que o corpo precisa, e os seus principais sintomas são sudorese, tremor, taquicardia, irritação, perda de peso, entre outros. “Os fatores de risco para o mesmo são histórico familiar, gestação e ingestão excessiva de iodo”, relata a médica endocrinologista.

O tratamento é realizado frequentemente com comprimidos via oral.  Porém, existem casos em que são necessários tratamentos com iodo radioativo ou até mesmo cirurgia. Ao contrário do hipotireoidismo, no hipertireoidismo o tratamento não é para o resto da vida. Muitas vezes trata-se o paciente por 1 a 2 anos e o mesmo consegue se manter eutireoidiano (funcionamento normal da tireoide), mas sempre requerendo um acompanhamento clínico.

O exame da tireoide é feito como rotina em pessoas saudáveis uma vez por ano a partir dos 40 anos ou em pessoas que apresentam fatores de risco. Quando a pessoa já se encontra em hipotireoidismo ou hipertireoidismo, o acompanhamento é feito de acordo com critérios clínicos e depois que o paciente já está estabilizado este tempo pode ser aumentado para até uma avaliação anual.

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