Ações simples podem evitar sintomas mais graves da doença

 

É muito comum encontrar alguém espirrando ou com algum lenço para limpar o nariz, mas esses sintomas podem representar uma doença danosa para a saúde. A rinite é um processo inflamatório presente na mucosa nasal e os seus estágios consistem nas fases aguda ou crônica, com sintomas que normalmente levam a obstrução nasal, como por exemplo, a coriza, espirro, prurido, entre outros.

A doença pode se estender para locais próximos ao nariz (seios paranasais, olhos, rinofaringe) e distantes do nariz (como os pulmões). Tome cuidado, pois sua capacidade de contaminação é alta e como prova disso, a rinite pode ser dividida em infecciosa (resfriado, por exemplo, é um tipo de rinite infecciosa por origem viral) e as não-infecciosas. Dentre as não-infecciosas, a alérgica é a mais comum e prevalente. Em suma, os dois tipos de rinite têm origens distintas, já que a infecciosa é ocasionada por um micro-organismo, que pode ser um vírus, bactéria ou fungo. Todavia, ambas geram uma lesão inflamatória e agem diretamente sobre a mucosa nasal. No caso de rinite não-infecciosa, seus causadores podem surgir de diversas maneiras: alérgicas, medicamentosas (uso crônico de descongestionante), hormonais, ocupacionais, idiopáticas e outros.

A principal medida para evitar a disseminação da doença é diminuir o contato da mucosa nasal com os micro-organismos desencadeantes da alergia. A maneira mais eficiente é manter a higiene do ambiente para evitar uma possível reação. O otorrinolaringologista Lincoln Norimassa Yoshida explica que os principais causadores da rinite podem estar mais próximos do que imaginamos. “Como na maior parte das vezes, os desencadeantes são a poeira e ácaros. A primeira medida e a mais correta, é ter cuidado com colchão, roupas de cama, sofás, tapetes, cortinas, bichos de pelúcia, etc., de modo a diminuir o acúmulo dos ácaros e poeira nesses utensílios que entram em contato com a pessoa. A segunda: criar o hábito de higienizar o nariz com soro fisiológico, diminuindo ainda mais o contato do alérgeno com a mucosa nasal. Falando novamente no caso de rinite alérgica: não, ainda não existe cura para o quadro, apenas controle dos sintomas para melhora da qualidade de vida”.

Alguns meios são eficazes para melhorar os sintomas da doença e a vacina é uma delas. Entretanto, existem algumas ressalvas para quem planeja se livrar da doença por meio desse procedimento. “Depende muito da detecção correta dos alérgenos desencadeantes da rinite alérgica, da qualidade dos antígenos aplicados para dessensibilizar a pessoa e também de sua adesão, pois é um tratamento a longo prazo. A vacina é indicada nos quadros de comprovação da rinite ter origem alérgica, com indicação de tratamento com objetivo de diminuir a sensibilidade da pessoa ao alérgeno, reduzindo a reação inflamatória, possibilitando a diminuição de sintomas sem a necessidade de uso de medicação contínua. Caso contrário, infelizmente o mais indicado tratamento da rinite alérgica passa a ser o uso contínuo de medicamentos com objetivo de manter baixa a resposta da mucosa nasal ao alérgeno. É muito raro uma reação a vacinas para alergia, mas pode ocorrer, e uma super-reação alérgica, por isso, a vacinação deve ser realizada em clínicas com um especialista da área, ou seja, com o alergologista”, explica Dr. Lincoln sobre algumas ressalvas que devemos ter sobre a aplicação da vacina contra rinite.

 

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