Um infarto agudo do miocárdio (conhecido popularmente como ataque cardíaco) ocorre quando o fluxo de sangue que chega ao miocárdio é bloqueado por um tempo prolongado, danificando o músculo cardíaco

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença mata cerca de 15 milhões de pessoas por ano no mundo. O médico cardiologista Anderson Tomokazu Chiba (CRM – 32955) define o infarto como “a morte de células cardíacas devido ao longo período sem oxigenação e perfusão (isquemia), sendo associado a elevação de marcadores cardíacos, observados em exames laboratoriais, e a presença de pelo menos uma das seguintes características: sintomas isquêmicos, como a dor torácica sugestiva; alterações no eletrocardiograma indicativos de isquemia; evidência, com exames de imagem, da perda de viabilidade miocárdica ou contratilidade segmentar anormal; identificação de trombo (coágulo) coronário por angioplastia ou necropsia”.

É preciso estar atento aos sinais/sintomas que o problema apresenta, “entre eles está a presença de dor torácica que tem como características o aperto, opressão e queimação que pode irradiar, ou seja, estender-se para o braço esquerdo, ombro, dorso e pescoço. Além das dores, outros sintomas podem estar presentes na hora do infarto, como por exemplo, suor frio, palidez, náuseas, vômitos, falta de ar, ansiedade, tonturas e palpitações”, explica o cardiologista.

Diante disso, é muito importante realizar ações para que, no futuro, não haja a possibilidade do desencadeamento da doença. “Emagrecer, mantendo o índice de massa corporal (IMC) equilibrado, praticar atividades físicas pelo menos 150 minutos por semana (o que equivale a 30 minutos por dia por pelo menos 5 dias), não fumar, controlar a hipertensão, colesterol elevado e diabetes”, alerta Anderson.

Ainda de acordo com o cardiologista, existem cinco tipos de infarto, que podem ser divididos em:

  • Infarto espontâneo: considerado o mais comum entre os ataques cardíacos, é causado pela ruptura da placa de gordura com consequente formação de coágulos e obstrução da luz do vaso, diminuindo o fluxo sanguíneo e causando a morte de células miocárdicas. Entre os fatores de risco estão o tabagismo, hipertensão, diabetes mellitus, obesidade, níveis elevados de colesterol, histórico familiar de doença coronária, com parentes de primeiro grau, no caso dos homens até 55 anos e das mulheres até 65 anos, problemas renais, presença de outros eventos ateroscleróticos prévios como acidente vascular encefálico, isquemia mesentérica, obstrução de artérias carótidas, doença arterial em membros inferiores e superiores.
  • Infarto decorrente do desequilíbrio entre o aumento da demanda de oxigênio ou diminuição na oferta: a causa pode ser relacionada a problemas como a anemia, hipertensão, espasmo coronariano, arritmias, hipotensão, uso de drogas ilícitas (principalmente cocaína) e hipertireoidismo. Não ocorre obstrução arterial verdadeira.
  • Infarto relacionado a morte súbita: quando o paciente apresenta sintomas sugestivos e o óbito ocorre fora do ambiente hospitalar e não se consegue realizar eletrocardiograma, nem coletar amostras de sangue para comprovar se houve alterações para confirmar o infarto.
  • Infarto após angioplastia: é preciso estar alerta com a diabetes, problemas renais, enfisema e arritmia cardíaca, pois aumentam o risco de voltar ao hospital depois da colocação do implante de stent. As mulheres idosas também tiveram maior reincidência, devido às alterações fisiológicas e hormonais decorrentes da menopausa.
  • Infarto pós-cirurgia de revascularização do miocárdio.

 

Idade

           

 

A maior parte das pessoas que morrem devido ao infarto possuem 65 anos ou mais. Em idades mais avançadas, as mulheres estão mais propícias do que os homens a morrerem semanas após terem sofrido com o ataque cardíaco.

  • Homens: possuem mais riscos de infartar quando comparados às mulheres, além de poderem experimentar a condição em idade mais cedo;
  • Mulheres: por conta da perda da proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos através da menstruação, mulheres no período da menopausa tem um risco maior de desenvolverem um infarto do que as que ainda não estão nessa fase.

Diante de tantos sintomas e também devido aos casos atípicos, é de extrema importância que, na presença de alguma suspeita, você vá direto ao pronto socorro.

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