Essa condição clínica que compromete o aparelho urinário afeta cerca de 20% da população

 

O cálculo renal, popularmente conhecido como pedra nos rins é um problema muito frequente. Estima-se que em torno de 20% da população terá em algum momento da vida o incômodo das pedras nos rins, sobretudo homens na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade.

O diagnóstico, geralmente, ocorre após a pessoa sofrer cólica renal, que é uma dor aguda e violenta na região entre a lombar e a lateral do corpo, com tendência a irradiar-se pra o abdome inferior do lado afetado. Os principais sintomas associados são enjoos, vômitos, mal-estar, sensação de desmaio e forte agitação devido a intensidade da dor.

Além da cólica de rim, os cálculos também podem causar problemas especialmente por dois mecanismos: obstrução e infecção. “A obstrução é representada pela interferência no fluxo natural da urina do rim em direção a bexiga que caso não tratado adequadamente pode determinar dano funcional a unidade renal. A infecção associada aos cálculos assume caráter de maior gravidade, necessitando de procedimentos de drenagem com possibilidade de danos ao rim pela formação de cicatrizes fibrosas locais”, explica o urologista Marcelo de Campos Lima.

Existem algumas maneiras de evitar esse quadro. A primeira é adquirir o hábito de ingerir líquidos, como: água, chás e sucos naturais. “A quantidade deve ser suficiente para uma produção de 2.000 ml de urina ao longo de 24h para o adulto. Na verdade, o ideal mesmo é que a quantidade ingerida de líquidos seja superior a essa, pois deve-se considerar as perdas insensíveis pelo suor e evaporação na respiração. Outra recomendação é observar a coloração da urina, que preferencialmente deve estar quase incolor”, ressalta o Dr. Marcelo.

A alimentação também pode influenciar no aparecimento de pedras nos rins. É necessário reduzir o consumo de sal, além de tomar cuidado para não exagerar na quantidade de proteínas ingeridas. “Produtos industrializados usam sódio como conservante de alimentos e devem ter sua ingestão reduzida. Do outro lado, temos que a ingestão de proteínas em grande quantidade pode aumentar o risco de cálculos renais, então é bom ter atenção para o consumo além do recomendado de suplementos proteicos, comuns entre praticantes de musculação”, alerta o urologista.

 

E o tratamento?

Segundo o urologista, existem alguns procedimentos para o tratamento de cálculos renais. Também é bom lembrar que há pessoas que podem ter eliminação espontânea do cálculo através da urina, especialmente os cálculos de 6mm ou menos.

Dentre os possíveis tratamentos, estão:

  • O uso de medicações, tanto na fase aguda dolorosa quanto na fase de melhora metabólica;
  • Procedimentos de fragmentação extracorpórea dos cálculos com equipamentos que são acoplados ao corpo e tentam fragmentá-los pela aplicação de ondas de choque. Tais procedimentos são destinados a cálculos menores e menos complexos;
  • Cirurgias endoscópicas aproveitando orifícios naturais no corpo humano, os equipamentos sobem pela uretra e vão localizar e retirar os cálculos;
  • As grandes cirurgias abertas, tão frequentes no passado, hoje são raramente necessárias.

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