Educar os filhos não é uma tarefa fácil, é preciso muita cautela, especialmente na primeira infância, período em que eles formam a personalidade

 

Não existe um manual pronto para educar os filhos, o que existem são orientações para realizar essa tarefa com mais facilidade, que dependendo da pessoa podem ou não ser úteis, pois cada criança age de uma forma diferente. Por isso, devemos ficar atentos especialmente na faixa etária entre 0 e 6 anos, a chamada primeira infância. “Essa é a fase de constituição da personalidade da criança, onde ela passa por intensos processos de desenvolvimento. É uma fase determinante para a capacidade cognitiva e sociabilidade do indivíduo, pois o cérebro absorve todas as informações, as respostas são rápidas ou duradouras. Nessa fase, as crianças precisam de oportunidades e estímulos para desenvolver cada uma de suas aptidões”, explica a psicóloga infantil Giselle Abdanur (CRP 08/09364). 

Uma das dicas que a psicóloga dá para auxiliar na educação das crianças é o reforço positivo. “Em vez de somente castigar os comportamentos errados delas, valorize as condutas corretas. Dessa forma, a criança aprenderá o que é certo e o que é errado. Esse é o grande poder do reforço positivo”, ressalta a profissional. 

 

Dê um basta aos castigos físicos!

Os castigos físicos podem gerar traumas que a criança vai levar para o resto da vida. “O uso deliberado de dor física a uma pessoa é algo extremamente danoso. Infelizmente, ainda existem pais que consideram que a palmada seja positiva na hora de educar seus filhos. No entanto, cada uma delas deixa marcas que condenam mais do que ensinam, que trazem mais temor do que o desejo de se comportar bem”, comenta Giselle.

 

Algumas consequências dos castigos físicos são:

  • Inibição da autonomia da criança: bloqueia o amor próprio e limita as iniciativas, além da criança gerar expectativas negativas sobre si mesma;
  • Limitação do desenvolvimento intelectual: interfere de forma dramática no processo de aprendizagem; 
  • Enfraquece o vínculo familiar: por afetar o social e o emocional da criança, acabará prejudicando sua forma de se relacionar; 
  • Desperta o sentimento de abandono: a criança se sentirá sozinha e triste, comprometendo seu amor próprio; 
  • Mudança na visão de mundo: ela pode desenvolver uma visão de mundo obscura e negativa; 
  • Desperta sentimentos de raiva e rancor: ao ser castigada fisicamente, a criança acaba aprendendo que o uso da violência é a melhor maneira de resolver seus problemas.

 

Erros mais comuns dos pais na educação dos filhos, segundo Giselle Abdanur:

  • Superproteção ou displicência;
  • Violência física e violência verbal;
  • Atender em totalidade as necessidades, na hora exata, não praticando a tolerância à frustração.

O diálogo é o melhor caminho

Não existe uma única forma de educar os filhos, por isso, devemos respeitar a individualidade de cada criança. Contudo, o diálogo é um ótimo caminho para lidar com as situações. “Educar é um grande desafio, precisamos dar limites com amor, regras claras e objetivas, com firmeza. É no cotidiano que nossas relações são estabelecidas, por isso a necessidade do diálogo com amor”, afirma a psicóloga.

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