As diversas variedades da leucemia mielóide crônica (LMC) e leucemia linfoblástica aguda do tipo B (LLA) se formam a partir de uma célula predecessora comum, segundo um estudo realizado por uma equipe de cientistas da Universidade de Medicina Veterinária de Viena, na Áustria, que afirmaram que a pesquisa terá “consequências importantes” para o tratamento da doença.

Segundo os especialistas, o resultado da pesquisa foi completamente inesperado, pois questiona as bases de algumas hipóteses vigentes sobre a formação da leucemia e “tem consequências extremamente importantes para o tratamento de uma forma especialmente agressiva da doença”, segundo comunicado divulgado pela universidade.

A nota lembra que muitos tipos de câncer se formam por mutações das células do organismo. Até agora, acreditava-se que a LMC se desenvolveria a partir de células-tronco da medula óssea, enquanto as células que dão origem aos linfócitos B estariam na origem da LLA.

A equipe liderada pelo cientista Boris Kovacic, no entanto, diz que a pesquisa mostrou que ambas as variedades da doença se desenvolvem a partir de células hematopoiéticas comuns.

A diferenciação das células cancerígenas ocorreria num estágio posterior e a causa da LMC e da LLA do tipo B são duas formas ligeiramente diferentes do gene BCR/ABL, que surgem a partir de uma mutação.

Segundo Kovacic, a descoberta revela que um tratamento que ataca todas as células cancerígenas de uma só maneira “não pode funcionar”. “Devemos descobrir muito mais sobre o desenvolvimento da doença. No futuro necessitaremos de um tratamento dirigido às origens reais de ambas formas de leucemia: as células-tronco hematopoiéticas”, finalizou o pesquisador.

Por: Naiara Persegona

 

Adaptado de: http://noticias.r7.com/saude/noticias/nova-descoberta-sobre-origem-da-leucemia-pode-mudar-seu-tratamento-20120424.html

 

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