Você já teve uma sensação de tontura, desequilíbrio, sensação dos olhos tremendo, zumbido ou dores de cabeça? Então tome cuidado, pois você pode estar com labirintite!

 

A labirintite é um termo genérico, que engloba diversos distúrbios que acometem o órgão do equilíbrio chamado “labirinto”. Popularmente conhecida como vertigem, a labirintite é uma doença do ouvido, que afeta o labirinto, que também é conhecido como ouvido interno (o qual concentra um emaranhado de tubos e passagens), e as suas estruturas responsáveis pela audição.

De acordo com o médico otorrinolaringologista, Rodrigo Pereira, os motivos da labirintite podem variar. “As causas são diversas, sendo desde infecções por vírus ou bactérias, aumento da pressão do líquido interno dos ouvidos e até mesmo alterações do sistema nervoso central como tumores ou alterações benignas do labirinto”.

Os sintomas, como sensação de tontura (cabeça ou ambiente girando), desequilíbrio do corpo, vertigem (tontura associada a vômitos ou enjoo), sensação de estar com os “olhos tremendo”, zumbidos nos ouvidos e dores na cabeça, são os mais comuns quando se está com labirintite.

As formas do tratamento variam muito da sua causa, e podem incluir tanto medicamentos, seja de base natural (fitoterápica), quanto à reabilitação do equilíbrio por meio de fisioterapia. De acordo com Dr. Rodrigo, em alguns casos, as labirintites precisam envolver uma consulta com o médico otorrinolaringologista em conjunto com um fonoaudiólogo. “Doenças sistêmicas como diabetes, hipertensão arterial e problemas de tireoide devem ser pesquisadas e controladas. Caso não venham a serem tratadas de forma correta, as crises podem piorar e tornam-se incapacitantes para a vida do paciente, com tonturas diárias e frequentes, muitas vezes impossibilitando a vida social e trabalho”.

E, assim como em muitos casos, a alimentação tem papel de controle das doenças. Quem passa por crises de labirintite precisa tomar muito cuidado com a abundância de alguns nutrientes. “É necessário evitar o excesso dos seguintes alimentos: açúcares e carboidratos, evitar muitos doces, pois o pico glicêmico favorece as tonturas, sal, estimulantes como cafeína, chocolates, álcool e tabaco. Consumir bastante água ajuda, e muito, a evitar as crises”.

Por mais que a labirintite seja a doença mais conhecida no labirinto, seguem alguns exemplos de labirintites com nomes especiais, como:

VPPB – Esta sigla remete-se à vertigem posicional paroxística benigna. Dentro do labirinto, o ser humano possui pequenos cristais de cálcio (chamados de otocônias) que dão informações sobre a posição de nossa cabeça. Quando alguns destes cristais se desprendem do local de origem, ficam soltos no labirinto, gerando uma informação errada sobre a posição de nossa cabeça. Os principais sintomas são a tontura intensa, a sensação de sentir-se rodando e de curta duração. O tratamento é feito com o reposicionamento destes cristais através de manobras que o médico executa com o paciente em uma maca. Esta doença é uma das que mais afeta os idosos, de acordo com o Dr. Rodrigo.

Doença de Ménière – A doença é causada por um aumento da pressão dos líquidos do ouvido interno. Ela possui sintomas que costumam se aliar a crises de tontura (intensas ou rotatórias), zumbido, sensação de o ouvido estar tampado (parecido de quando uma pessoa está descendo a serra), diminuição da audição que pode ser flutuante, algumas horas encontram-se melhor ou pior, dependendo do estado em que se encontra o labirinto. O tratamento da doença de Ménière, no princípio, é direcionado para crises de tontura, que costumam ser intensas. A segunda parte do tratamento consiste em investigar e tratar possíveis causas, como alterações do metabolismo do açúcar e colesterol.

Cinetose – Popularmente conhecida como o “mal do movimento”, um quadro de mal-estar e náuseas que algumas pessoas apresentam em viagens de carro, avião ou barco. A cinetose é uma dificuldade do sistema do equilíbrio em processar diferentes informações ao mesmo tempo. Esta falha de sincronia é perceptível quando os estímulos são maiores, como em situações de alta velocidade. Ela é mais frequente em mulheres e pessoas com histórico de enxaqueca. É possível fazer um tratamento com medicações e costuma responder a exercícios labirínticos.

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