Com a chegada do frio, uma das primeiras partes do corpo que começa a demonstrar alterações no seu funcionamento é a garganta. Tosse, dores na área se tornam comuns, mas você sabe dizer a diferença de quando a sua garganta está de fato inflamada ou, pior, infeccionada?

De acordo com a otorrinolaringologista Dra. Rita de Cassia Ribeiro Penha Arruda, a principal diferença se encontra na presença de placas bacterianas na infecção e na inflamação ocorre o inchaço e a hiperemia (coloração avermelhada), mas a gravidade dos casos é totalmente diferente.

 

Quais os sintomas?

A otorrinolaringologista conta que a inflamação na garganta se caracteriza somente pelo inchaço, dor, hiperemia, coceira ou ardência no local. As causas mais comuns são as doenças virais como resfriado e gripe, alergia respiratória e, ocasionalmente, a doença do refluxo gastro-esofágico.

Já a infecção da garganta ou orofaringe que, segundo a médica, é uma doença caracterizada por dor, febre, inchaço, coloração vermelha e a presença de placas brancas, podem acometer as paredes do orofaringe ou somente das amigdalas, ou tonsilas palatinas, que são glândulas que fazem parte do sistema imunológico ou de defesa que se situam na região lateral da garganta ou orofaringe, próximas a base da língua.

“O principal agente causal são as bactérias. Pessoas com a imunidade reduzida ou aquelas que apresentam infecções de repetição tem maior probabilidade de serem acometidas, pois, este órgão deixa de ser proteção para o organismo e passa ser porta de entrada de micro-organismos”, explica a profissional.

 

Como proceder?

“Em primeiro lugar evitar a automedicação. Somente um profissional médico para diferenciar e dar o diagnóstico correto, pois, na inflamação somente requer-se o uso de anti-inflamatórios e analgésicos, enquanto na infecção, há necessidade do uso de antibióticos. E estes, quando usados incorretamente ou em demasia, podem ocasionar a resistência das bactérias aos antibióticos, sendo assim, cada vez mais necessita-se do uso de medicações mais potentes para combater infecções que poderiam ser eliminadas com medicamentos mais acessíveis”, afirma a médica.

 

Por isso, para ficar longe deste mal durante o frio, aposte em:

  • Alimentação nutritiva e balanceada;
  • Vestimentas adequadas para o clima;
  • Ingestão de água;
  • Ambientes com pouca aglomeração, ou bem ventilados;
  • Alimentos quentes.

 

Dra. Rita conta que existem medicações adequadas para tratar alergia respiratória, medicamentos para aumentar a imunidade, podendo ser de grande utilidade. “Em alguns pacientes, quando as infecções persistem mesmo com os tratamentos clínicos, ou quando encontram–se hipertrofiadas (aumentadas em grande volume), obstruindo e impedindo a livre circulação do ar pelas vias aéreas superiores, ocasionando respiração bucal, ressonância ruidosa (ronco noturno) e eventualmente apneia do sono (parada respiratória, que dura segundos, durante o sono), indica-se a remoção cirúrgica das amígdalas palatinas, este procedimento denomina-se amigdalectomia”, revela a otorrinolaringologista.

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