Mais comum entre mulheres, a enxaqueca é uma das principais causas de incapacidade no mundo

 

A dor de cabeça, também conhecida como cefaleia, é uma das queixas mais comuns entre a população. Os principais exemplos são a cefaleia tensional e a enxaqueca. “A enxaqueca, também conhecida como migrânea, é um dos tipos mais comuns de cefaleia, acometendo 1 a cada 7 indivíduos, e é uma das principais causas de incapacidade no mundo. Afeta ambos os sexos, porém, é mais comum em mulheres na faixa etária entre 30 e 39 anos”, explica o neurologista Gustavo Henrique Tomasi (CRM-PR 32185; RQE 24491).

Como diferenciar uma simples dor de cabeça de um quadro de enxaqueca? Segundo o neurologista, a principal diferença está nos sintomas. “A enxaqueca tem como sintomas mais comuns a dor latejante de moderada a forte intensidade, unilateral, ora a direita, ora a esquerda, com presença de náuseas, aumento da sensibilidade a luz e ao som, com duração que varia de 4 a 72 horas. Ainda, não é raro a presença de algum sinal ou sintoma que antecede a dor, as chamadas auras, que podem variar desde pontos brilhantes no campo visual, sentir formigamento em algum membro, ficar com dificuldade de enxergar ou de falar, apresentar tonturas ou outros sintomas neurológicos. Comumente, existe um familiar de primeiro grau com sintomas semelhantes”, comenta o profissional.

Na maioria das vezes, as crises de enxaqueca acontecem espontaneamente, entretanto, algumas pessoas percebem fatores que desencadeiam as crises. “Estresse, certos tipos de alimentos (vinho tinto, queijos, refrigerantes, alimentos embutidos, café, entre outros), cheiros fortes, jejum prolongado, restrição de sono, consumo de álcool, etc. Dessa forma, evitar os desencadeantes e ter hábitos saudáveis ajudam a evitar crises de enxaqueca”, explica Gustavo. 

Em relação ao tratamento medicamentoso existem basicamente duas abordagens distintas. Uma delas é o tratamento profilático, que atua com medidas preventivas que visam diminuir a frequência e intensidade da dor a longo prazo. Já o tratamento abortivo tem medidas terapêuticas para resolver os episódios de crise de dor. “A prevenção das crises de enxaqueca pode ser feita com medicações de uso contínuo, atividades físicas regulares, mudança no estilo de vida, readaptação alimentar bem como técnicas de relaxamento”, indica o médico. É importante lembrar que cada terapia medicamentosa deve ser individualizada, para minimizar os riscos e obter melhores resultados. Assim, é recomendável uma consulta com um neurologista para melhor avaliação de cada caso.

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