Intestino Constipado

Saiba o que fazer para não sofrer de intestino constipado.

 

Uma queixa freqüente, principalmente do público feminino, a constipação intestinal, também conhecida como intestino preso, é caracterizada pela diminuição da freqüência das evacuações e consistência das fezes, já que estas ficam ressecadas e endurecidas dificultando a eliminação.

As principais causas da constipação, segundo o gastroenterologista, Edson Bruck Warpechowski, são a alimentação errada e a baixa ingestão de líquidos. “A alimentação inadequada, muitas vezes, vem desde a infância, onde a criança aprende a comer mal e deixa de ingerir fibras, frutas, verduras e tomar bastante água”, ressalta o médico, alertando para que as mães ensinem as crianças desde pequena a ter uma dieta rica em fibras e tomar bastante água. “È importante a ingestão de líquidos para hidratar as fezes e facilitar sua eliminação. Recomenda-se tomar aproximadamente2 litrosde água por dia”, completa. Além disso, existe também pré-disposição a constipação intestinal grávidas, fatores hormonais, estresse, dupla jornada, falta de exercícios físicos e abuso de laxantes.

Nas crianças, o intestino constipado, também pode estar associado a doença de hischprung, uma anomalia congênita que tem como característica a ausência dos neurônios intramurais dos plexos nervosos parassimpáticos que afeta o intestino grosso. Já no público adulto pode estar ligado a doenças de diverticulite, doenças de chagas e a síndrome do intestino irritável. “Tirando a alimentação inadequada, a síndrome do intestino irritável é uma causa muito freqüente, a qual consiste em um distúrbio funcional que não apresenta lesões nem inflamação”, afirma Warpechowski.

Muitos acreditam que a constipação intestinal está associada somente com a quantidade de evacuações. Mas, conforme o gastroenterologista, quem evacua em até 5 dias com fezes mole não é uma pessoa constipada, passando deste período pode causar desconforto na hora de evacuar, já que as fezes ficam endurecidas. Quem sofre de constipação intestinal pode apresentar os seguintes sintomas: demora para evacuar, fezes em forma de bolinhas de cordeiro, força para evacuar, sensação de não ter esvaziado completamente o intestino, distensão abdominal e cólicas.

Erros comuns como não ir ao banheiro quando o intestino pede, seja por razões sociais ou de higiene, e de usar laxantes para facilitar a evacuação não são recomendados. “É bastante comum encontrarmos pessoas que só conseguem evacuarem casa. Esteadiamento constante da evacuação reduz a sensibilidade do intestino, e como as fezes permanecem mais tempo no órgão, ocorre maior absorção de água, levando ao seu ressecamento”, explica Warpechowski. Quanto ao uso de laxantes, segundo o médico, a maioria age irritando o intestino e quanto mais tempo contar com o auxilio do laxante para evacuar, o intestino vai acostumar a funcionar irritado, o que não é aconselhável.

 

Diagnóstico e tratamento

 

Para diagnosticar a doença é através da exclusão das mais graves, como tumores intestinais, que podem cursar com os mesmos sintomas. “O exame padrão ouro é o de colonoscopia, exame fidedigno que permite ao médico examinar a mucosa do cólon (intestino grosso). Outro exame realizado é o de fezes para ver se consta a presença de sangue e leucócitos”, declara o médico.

O tratamento é realizado de acordo com o diagnóstico. Se for síndrome do intestino irritável existem vários medicamentos que ajudam o intestino a funcionar normalmente, mas é fundamental sempre procurar orientação médica para começar o tratamento de forma adequada. Já no caso da constipação crônica é recomendado ter uma dieta rica em fibras, ingerindo frutas como a laranja, manga, mamão, tomar bastante líquidos, fazer caminhadas e praticar exercícios físicos. Contudo, “o intestino que está a muitos anos constipado demora um pouco a normalizar o seu funcionamento”, revela o gastroenterologista.

 

Como prevenir a constipação intestinal?

• Alimente-se em horários regulares;
• Mastigue bem os alimentos;
• Prefira refeições mais variadas, ricas em frutas, verduras e cereais;
• Reduza a quantidade de gordura ingerida;
• Evite bebidas alcoólicas, chocolate, café, e alimentos que levem a produção excessiva de gases, como: brócolis, cebola, couve-flor, feijão;
• Beba bastante líquido, em torno de 2 litros por dia;
• Tente determinar um horário específico para evacuação;
• Obedeça, sempre que possível, à vontade de evacuar;
• Pratique exercícios regularmente;
• Não utilize laxantes por conta própria. Se você não consegue evacuar sem o uso desses medicamentos, procure um médico!

 

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