Como andam os seus rins?

Hipertensão arterial e diabetes são os principais causadores da insuficiência renal.

Insuficiência renal é a falência dos rins, órgão responsável por eliminar as toxinas do sangue. A insuficiência renal é classificada em aguda e crônica. “A aguda pode acontecer de maneira rápida e temporária, dependendo da doença que ocasionou. Nesta fase geralmente se consegue reverter para as funções normais dos rins. Já a insuficiência renal crônica é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais”, explica o nefrologista, João Guerino Cato.

As principais causas que impedem os rins de desempenhar suas funções, conforme o nefrologista, são o diabetes, hipertensão arterial e glomerulonefrite (nefrite crônica).  “O diabetes e a hipertensão arterial ocupam o índice de 60% e a nefrite, que são doenças como infecção urinária, cálculos renais, é responsável por 30% dos pacientes com insuficiência renal”, alerta o médico. Conforme Cato, a nefrite atinge o público mais jovem, de 30 a 50 anos, já o diabetes e a hipertensão arterial atingem, na maioria, pessoas acima de 50 anos.

Para prevenir a insuficiência renal crônica é preciso realizar exames de rotina, verificar a pressão arterial e o nível de glicemia no sangue. “Como a pessoa não sente dor e no início os sintomas são quase imperceptíveis, quando a doença é detectada já está em uma fase avançada atingindo os dois rins e com uma porcentagem bem reduzida da função renal”, explica o nefrologista.

Se você está apresentando hipertensão mais elevada, anemia, fraqueza, alteração na cor da urina (parecida com coca-cola), diminuição do volume da urina diária, urinar muitas vezes, principalmente à noite, queimação ou dor quando urina, inchaço ao redor dos olhos e nas pernas, dor lombar que não piora com movimentos, história de pedras nos rins, fique atento e procure orientação médica, porque esses são os sinais e sintomas de doenças renais, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

Insuficiência renal atinge ambos os sexos e um grande número de pessoas. Com a expectativa de vida mais longa, Cato acredita que é preciso ampliar a promoção de saúde e a qualidade de vida, principalmente para o público da 3ª idade.

Tratamento

“O tratamento para a fase inicial de insuficiência renal é o controle de base, do diabetes e hipertensão”, assegura o nefrologista. Segundo ele, na fase inicial é possível normalizar as funções renais, e de 25 a 40% revertem o quadro com o controle clínico, sem precisar fazer hemodiálise. O tratamento em uma fase final ou avançada consiste em hemodiálise ou transplante renal. A hemodiálise é feita, segundo o médico, três vezes por semana com duração de 4h cada.

Para o paciente de insuficiência renal crônica a hemodiálise precisa ser feita continuamente até que ele consiga realizar o transplante. Por isso, “a hemodiálise é realizada com equipamentos cada vez mais modernos, com o intuito de risco mínimo e funcionalidade ativa aos pacientes”, ressalta Cato.

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