As células-tronco, extremamente importantes para a medicina regenerativa, além de encontradas no cordão umbilical, também estão presentes nos dentes de leite

 

O dente decíduo, popularmente conhecido como dente de leite, é um importante armazenador de células-tronco. Ele possui em seu interior a polpa, local que concentra grande quantidade de células-tronco, segundo a odontopediatra Acácia Kaminski (CRO/PR 8947). As células-tronco são de suma importância para a medicina regenerativa e potenciais formadoras de outros tecidos e órgãos. 

Para que seja possível retirar essas células de algum dente de leite, é necessário um exame radiológico para garantir que ele esteja hígido. Um dente hígido é um dente que não apresenta nenhuma patologia, tal como cáries, gengivite e periodontite. Além disso, é necessário que ele contenha ao menos 1/3 de raiz para que se tenha uma quantidade suficiente de células tronco. 

Muito se fala sobre as células-tronco provenientes do cordão umbilical, mas afinal, elas são as mesmas encontradas na polpa dos dentes de leite? A resposta é não. “As células-tronco do cordão umbilical têm origem hematopoiética, ou seja, servem exclusivamente para doenças do sangue e precisam ter compatibilidade para o uso. Por sua vez, as células do dente de leite têm origem mesenquimal, são multiplicadoras e podem se transformar em qualquer tecido ou órgão. Além disso, não necessitam de compatibilidade para o uso”, ressalta Acácia.

Segundo a odontopediatra, o uso das células-tronco presentes nos dentes de leite pode ser eficiente em tratamentos de doenças complexas, como Alzheimer, Autismo e Diabetes. “Embora já estejam armazenando essas células, sua utilização está em fase de testes, mas acreditamos que num futuro próximo essas células estarão sendo utilizadas para salvar e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas”, finaliza a odontopediatra. 

 

 

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