Por ser um acontecimento que aterroriza quem sofre, o problema é uma questão física e não espiritual e a ciência já encontrou indícios que explicam como isso acontece

 

Se você já passou por isso sabe que a paralisia do sono pode ser uma experiência apavorante, com sintomas que podem variar de sensações como falta de ar a alucinações sonoras. Muitas pessoas associam o fenômeno a algo sobrenatural, mas a psicologia pode explicar a paralisia do sono. Ela acontece quando vamos adormecer, ou na maioria das vezes, quando vamos acordar. O nosso cerebro relaxa todos os músculos do nosso corpo com o objetivo de nos manter imóveis durante o sono. O problema é que em certas ocasiões o cérebro demora para desenvolver uma comunicação entre ele e o corpo, ocasionando uma estranha sensação de imobilidade após ou antes do sono.

Pelo fato do excesso de ansiedade que esse fenômeno pode ocasionar ao corpo, alguns tipos de alucinações podem aparecer (dependendo da pessoa), além da incapacidade da fala que faz com que a experiência seja ainda mais apavorante. Segundo a psicóloga Marionita Gonçalves, qualquer pessoa pode passar por isso algum dia, mas quando ela se torna constante pode virar um problema sério para a saúde do nosso sono. “Pode acontecer com qualquer pessoa em qualquer momento da vida, mas é considerado um transtorno quando há uma frequência, uma vez por mês ou por semana, por exemplo”. Conheça alguns dos sintomas:

  • Não conseguir mover o corpo, mesmo estando acordado;
  • Sensação de afogamento;
  • Ouvir vozes ou sons incomuns para o ambiente;
  • Alucinações auditivas, visuais e sensoriais;
  • Sensação de estar flutuando ou caindo.

Existem algumas circunstâncias que propiciam ainda mais para que algumas pessoas tenham a paralisia do sono, como por exemplo, o excesso de estresse, noites de sono inconstantes, repousar pouco e não ter horários fixos para dormir e acordar, excesso de remédios ou alucinógenos e outras drogas, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, transtornos de ansiedade e depressão podem estar associados. Há métodos para tentar amenizar ou até mesmo fugir da paralisia, que segundo Marionita, podem ajudar nos momentos de tensão que a paralisia do sono pode causar.

 

Como evitar?

Para evitar que episódios de paralisia do sono se tornem frequentes, é importante tomar alguns cuidados. São eles:

Melhore a qualidade do seu sono: Dormir em horários regulares e por mais tempo, ter um ambiente de sono confortável e tranquilo, evitar cafeína e deixar de assistir televisão antes de dormir são ações importantes;

Deixe o sedentarismo de lado: Se você é sedentário, comece a praticar exercícios físicos para fortalecer o seu corpo. Além disso, se você não costuma alimentar-se adequadamente, adote uma dieta saudável e balanceada;

Evite ocasiões de estresse: Além de afetar diretamente sua saúde, o estresse pode prejudicar a qualidade do sono. Portanto, quando mais ele for evitado, melhor para você;

Evite dormir de barriga para baixo: Médicos aconselham não dormir nesta posição caso seja comum sofrer paralisia. Experimente outras posições e evite futuros episódios aterrorizantes;

Cuide de sua saúde mental: Tratar os problemas de saúde mental, que são fatores que contribuem para a má qualidade de sono e, consequentemente, a paralisia é de extrema importância. Boa parte das pessoas não precisam de tratamento, só se torna necessário quando os transtornos afetam muito a qualidade de vida, deixando-as mais ansiosas e prejudicando na hora de dormir. Por isso, é importante ressaltar que a paralisia do sono tem tratamento e é controlável, porém, não tem cura.

O efeito dura 1 ou 2 minutos, na maioria dos casos apenas alguns segundos, mas é possível sair antes, quando o sujeito já possui consciência do distúrbio e busca concentrar-se em pensamentos práticos, concentrando toda a energia para tentar movimentar os músculos. “É importante imaginar que está se movimentando e deixar de lado o pensamento de estar paralisado. O efeito pode ser interrompido também quando uma outra pessoa toca no corpo de quem está paralisado”, explica Marionita. Se por acaso você sofre constantemente com isso, é de suma importância buscar ajuda profissional, para que as noites aterrorizantes fiquem apenas nos filmes de terror.

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