O dia 14 de junho, Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue, é dedicado a lembrar da importância de doar sangue. Porém, em meio ao Covid-19, destacamos as medidas tomadas pelo Hemocentro de Guarapuava para realizar a doação segura

Doar sangue é considerado um ato de amor ao próximo. Mas, em meio a uma pandemia, como a que estamos vivendo, muitos cuidados precisam ser tomados em todas as partes, desde o doador até o órgão que coleta o sangue. O Hemocentro Regional de Guarapuava, implantou uma série de medidas preconizadas pela SESA – Secretaria de Saúde do Estado do Paraná e pelo HEMEPAR – Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná. De acordo com o diretor do Hemocentro, Fernando José Guiné, entre as medidas adotadas estão: 

  • As coletas são feitas somente via agendamento; 
  • Suspensão temporária de doação de sangue dos municípios da região; 
  • Disponibilização de álcool em gel em todos os setores do Hemocentro; 
  • Todos os servidores trabalham com EPIs; 
  • Uso obrigatório de mascaras para doadores, prestadores de serviço ou qualquer pessoa que se dirija até o Hemocentro; 
  • Ritmo e frequência de limpeza de todos os ambientes, especialmente os que tem o fluxo de doadores, foram reforçadas; 
  • Espaçamento entre as cadeiras na sala de coleta. 

“O agendamento tem proporcionado muita tranquilidade e segurança para todos nós servidores. E, essa segurança, buscamos repassar para o doador voluntário de sangue, que vem ao nosso encontro para que nós possamos suprir as necessidades da nossa região, que engloba Guarapuava e mais 19 municípios”, ressalta Guiné. 

Em meio a pandemia do coronavírus, o ritmo de procedimentos cirúrgicos está sendo retomado aos poucos e assim, o Hemocentro vai coletando sangue para atender a demanda de acordo com a necessidade. “Estamos atendendo as coletas em dois períodos, que vai das 8h às 11 horas e das 13 às 16 horas. Dessa forma, estamos conseguindo dar conta da demanda”, afirmou o diretor do Hemocentro. 

O bioquímico, responsável pela gestão de qualidade do sangue, Rhony Cássio Moreira, esclarece dúvidas de como evitar que o material coletado de um doador infectado seja transfundido em outra pessoa. “Se a pessoa está infectada e não tem sintomas, ela passa pela triagem, porque está bem. Porém, há um compromisso do doador após a doação de que se ele vier a manifestar sintomas de Covid-19, como febre, dificuldade respiratória ou manifestações gripais até 14 dias após a doação, ele deve ligar ao Hemocentro para que a gente consiga rastrear essa doação antes que ela seja usada em outro paciente”, afirmou. 

Além disso, o profissional responsável pela gestão da qualidade explica que ainda não há relação do uso de transfusão e transmissão de Covid-19, mas o bloqueio da bolsa é feito mesmo assim, como medida de segurança. “Pode sim, acontecer de a pessoa estar bem, transmitindo, passar pela triagem e, dias depois, manifestar sintomas. Se isso acontecer, ela deve nos informar para que possamos capturar esse sangue antes da transfusão”, destaca Rhony.

Doação segura, tranquila e necessária! 

Antes de uma transfusão acontecer, vários testes são feitos no sangue doado. “Após os resultados o sangue fica liberado num estoque, rotulado e pronto para o uso. Se houver uma urgência e ele for usado e depois ficamos sabendo que o doador teve sintomas, o paciente que recebeu a transfusão terá um acompanhamento e uma atenção ainda mais especial”, afirmou o bioquímico. 

Fernando ressalta ainda que independente do momento, algumas medidas já eram tomadas e as novas precauções serão mantidas. “Após o fracionamento das bolsas, elas só são liberadas após o resultado dos testes. Qualquer resposta positiva para doenças, o sangue é descartado. Pessoas que estiveram em contato com alguém com sintomas gripais, fica impedida de doar por 14 dias”, ressalta. O mesmo vale para pessoas que viajaram neste período de tempo. 

O agendamento da doação via telefone é o primeiro passo e será mantido pelo Hemocentro mesmo após a pandemia. Para outros momentos, o órgão está preparando agendamentos através de outros meios, como site e aplicativos. 

Além disso, o Hemocentro realiza pesquisas de satisfação com os doadores. Os números têm melhorado significativamente em relação a 2019. “Todas as pesquisas de satisfação estão sendo compiladas e nós estamos realizando diversas adequações e melhorias. O agendamento diminuiu a média de permanência do doador no Hemocentro desde o cadastro até a conclusão da coleta para 23 minutos. Com isso, nós proporcionamos mais conforto e segurança para o doador e para os nossos colaboradores”, ressaltou Fernando. 

“O agendamento ajudou a melhorar esses índices de satisfação. Antes, se chegasse um grupo de 10 pessoas ao mesmo tempo para doar, por exemplo, certamente os últimos levariam mais de uma hora para concluir a doação. Com o agendamento, não há conflito de espaço, e assim, estamos atendendo todas as necessidades de transfusão da região”, diz Rhony. 

Com os processos cada vez mais apurados, o Hemocentro busca um diálogo maior com o doador, para que em um futuro próximo, tenha mais facilidade em captar alguma tipagem específica de sangue. “Seguimos os nossos projetos com calma e tranquilidade, sempre orientando, porque o conjunto das informações aqui é muito complexo, mas aos poucos vamos avançar e levar o conhecimento de forma mais clara para a nossa macrorregional e ao doador voluntário”, explicou Guiné. 

Em Guarapuava, outros dois hospitais estão próximos de abertura. E, o Hemocentro já está se preparando para atendê-los. O Hospital do Câncer e o Hospital Regional já fazem parte do planejamento e possuem espaços reservados para uma agência transfusional em casa uma dessas unidades. 

Se você deseja doar sangue, ligue para (42) 3622-2819, seguindo todas as normas e adequações já citadas. O Hemocentro está localizado na Rua Afonso Botelho, nº 134. 

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