Ai, que ansiedade

Várias vezes escutamos essa expressão. Mas, até quando a ansiedade é considerada normal.

Se você tem preocupação excessiva por situações que estão por acontecer, cria cenas antecipadas, tem expectativa de que algo ruim aconteça no trabalho ou na família e quando algum colega de trabalho solicita uma tarefa você para de fazer o que estava fazendo e vai logo resolvendo essa tarefa, cuidado você pode estar sofrendo de transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Falar sobre ansiedade é um assunto amplo e complexo, pois dentro dos transtornos ansiosos tem os transtornos do pânico, as fobias, o transtorno obsessivo- compulsivo (TOC), o transtorno da ansiedade generalizada (TAG), estresse pós-traumático, entre outros. “A ansiedade em si é um sentimento normal, é aquela sensação difusa, vaga e desagradável de apreensão. Algumas vezes pode até ser acompanhada de sintomas físicos como dor de cabeça, falta de ar, palpitações, aperto no peito, mal estar gástrico e inquietação”, afirma a psiquiatra, Ana Karina Virmond.

Em algum momento da vida, dependendo da situação e dos problemas vivenciados, todos experimentam algum grau de ansiedade, de angústia. Porém, segundo a psiquiatra, existe quem sente ansiedade todos os dias, acarretando prejuízo em suas vidas.  A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, prejudica o seu bem estar, o desempenho e não permite que ele enfrente as situações temidas. Nesses casos, a ansiedade é doença e requer tratamento.

De acordo com Ana Karina, cerca de 2 a 3% da população apresentam o TAG. Os principais sintomas são inquietudes, apreensões, dificuldades em se concentrar, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono. Além disso, essas pessoas sentem medo de adoecer, de que algo negativo aconteça com os familiares, de que não consigam cumprir com os compromissos financeiros ou profissionais, e assim por diante.

 

Diagnóstico

Uma das maneiras de diferenciar a ansiedade generalizada da ansiedade normal é através da intensidade e frequência dos sintomas. A ansiedade normal se restringe a uma determinada situação, e mesmo que essa situação causadora de ansiedade não mude, a pessoa tende a adaptar-se e tolerar melhor a tensão, diminuindo o grau de desconforto com o tempo. No entanto, uma pessoa que permaneça apreensiva, tensa, nervosa por um período superior a seis meses, ainda que tenha um motivo para estar ansiosa, começa a ter critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada.

O diagnóstico, segundo a psiquiatra, é clínico e é feito com base na anamnese do paciente, onde é feita uma série de perguntas para se ter um diagnóstico preciso e avaliar em qual nível o paciente se encontra.

Tratamento

Para os pacientes de TAG, a indicação é o tratamento médico que pode ser realizado com terapias e/ou medicamentos. “Não importa qual é o tipo de ansiedade, o tratamento é o mesmo com técnicas psicoterápicas aliada ao tratamento medicamentoso, quando for preciso”, afirma a psiquiatra.

A psicoterapia tem várias linhas que pode ser seguida e é de extrema importância para o tratamento. “Na psicoterapia são ensinadas técnicas ao paciente para ele aprender a lidar com as situações ameaçadoras. No TOC, por exemplo, a psicoterapia é responsável por 60% da melhora do paciente”, observa Ana Karina.

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