A depressão é uma doença que afeta cada vez mais pessoas no mundo. A Dra. Larissa Cabreira orienta como lidar quando alguém próximo a nós está sofrendo com isso

 

Todo mundo já ouviu falar em alguém que tem depressão. Contudo, você sabe como reconhecer o transtorno?  Conhecida como o mal do século, a depressão tem como principais sintomas a sensação de tristeza, sentimento de culpa, autodesvalorização, fadiga, diminuição da capacidade de tomar decisões, alterações de sono e de apetite, a perda de prazer em algumas atividades e nos quadros mais graves pode levar a automutilação e até mesmo ao suicídio.

Mas o que é a automutilação? É quando o indivíduo intencionalmente agride o próprio corpo sem a intenção direta de suicídio. Entretanto, naquele momento, a automutilação não tem a característica imediata do suicídio, ela própria é a “ponta do iceberg”: mais de 50% das pessoas que fazem isso tentarão suicídio em algum momento da vida. Entre os motivos para fazê-lo, está a necessidade de aliviar um estado ou sentimento negativo.

O estado mental suicida pode ser caracterizado pela ambivalência que diz respeito à confusão de sentimentos, o desejo de viver e morrer se contrapõe, isto é, o indivíduo visualiza a morte como único método de eliminar a dor. Entretanto, ainda mantém o desejo de viver. Para isso, o apoio emocional e o tratamento adequado dos problemas são a base para reduzir o risco de suicídio. Outra característica é a impulsividade. Uma vez que o desejo de cometer suicídio é um impulso transitório desencadeado por eventos negativos relacionados à vida. Mas a recorrência do impulso se constitui como risco iminente, para isso, auxiliar numa perspectiva otimista da vida ajuda no controle dos fatores.

Por fim, a rigidez dos pensamentos é outra peculiaridade desse estado mental, pois não conseguem visualizar algo além do sofrimento. Os terapeutas podem ajudar na mudança do pensamento disfuncional para pensamentos funcionais.

 

Como avaliar o risco?

  • Qual o estado mental atual do paciente?
  • Possui diagnóstico prévio?
  • Está medicado?
  • Faz uso de álcool e outras drogas? Evitar ao máximo.
  • Quais são os pensamentos sobre a morte e o suicídio?
  • Possui um plano suicida?
  • Possui apoio social?

 

O que fazer?

Oferecer apoio emocional, falar sobre os sentimentos e desejo de suicídio. Focalize nos aspectos positivos da pessoa, mostre a valorização da via, permaneça próximo à pessoa, comunicando-se de forma empática e clara, removendo artefatos que possam levar a uma tentativa desesperada de acabar com a dor como as pílulas, facas, armas, inseticidas e outras, estabelecendo um contrato para que o indivíduo não cometa suicídio até seu retorno. Ofereça atendimento especializado como psicologia e psiquiatria e informe a família, amigos e colegas próximos para ficar em alerta e sempre reafirmar seu apoio.


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