Saboroso e popular, a bebida traz muitos benefícios para a saúde

Apreciado e saboreado de várias maneiras, o café faz parte da alimentação brasileira. Mesmo quem não toma costuma gostar do seu cheirinho agradável. E quem toma costuma o fazer diariamente. Puro, com leite, de manhã, de tarde, de noite, quente, morno, frio. O café está no topo dos alimentos mais consumidos. Assim, nada mais útil do que entender um pouco dessa bebida e saber quais são suas propriedades e efeitos para a saúde.

De acordo com a nutricionista Emilaine F. Santos, o café tem inúmeros benefícios para saúde. “Algumas pesquisas indicam que é um agente redutor do risco de alguns tipos de câncer devido a substâncias antioxidantes, anticarcinogênicas naturalmente presentes ou formadas durante o seu processamento. Além disso, a bebida faz bem a memória, concentração e atenção, possui ação estimulante, e também age como um antidepressivo”, diz a profissional.

 

Por que a gente ama tanto?

O café não é considerado uma das paixões nacionais à toa. Ele apresenta números bem impressionantes. Segundo dados do Conselho Nacional de Café de 2012, cerca de 97% dos brasileiros com mais de 15 anos consomem café diariamente. Outro levantamento, do Instituto Brasileiro do Café, mostra que no país são consumidos mais de 80 litros da bebida por pessoa por ano.

Conforme a nutricionista, a cafeína, principal componente psicoativo do café, destaca-se pelo seu potencial efeito estimulante, causando reações notáveis como melhora do estado de alerta, energia, capacidade de concentração e, como normalmente é consumido pela manhã, fornece a sensação de energia para aguentar o restante do dia. Por isso é uma bebida tão atrativa.

 

Não é só cafeína

Além da cafeína, o potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais estão presentes no grão, embora em pequenas quantidades. Aminoácidos, proteínas, lipídios, além de açúcares e polissacarídeos também o compõem. Mas nem todas essas substâncias permanecem nas mesmas quantidades quando o café passa pelo processo de torrefação. Alguns deles chegam até mesmo a ser destruídos por completo se os grãos são torrados excessivamente. “Existem variados tipos de grãos de café, mas somente dois são cultivados e comercializados, diferem entre si no aroma, sabor, concentração de cafeína e em alguns componentes específicos, e possuem uma composição complexa”, explica a nutricionista.

 

Café causa gastrite?

Muitas pessoas costumam associar o consumo de café com doenças ou desconforto gástricos. Porém, a nutricionista explica que vários estudos realizados não atribuem esses sintomas ao consumo exclusivo de café. “O que ocorre é que algumas bebidas em si, quando ingeridas, estimulam a secreção gástrica provocando um refluxo gastresofágico causando azia ou desconforto”, acentua. “Portanto pessoas que já possuem uma lesão ou inflamação, no caso de gastrite ou úlcera, devem tomar cuidado não somente com o café mas com refrigerante, por exemplo, que também age estimulando a secreção gástrica, favorecendo o quadro patológico pré-estabelecido”, aconselha.

A nutricionista explica que se o consumo for moderado, de modo geral, ele pode não acarretar danos à saúde. Porém em indivíduos sensíveis a cafeína ou com patologias, como cardiopatias, por exemplo, os efeitos podem ser indesejáveis causando complicações sérias.

 

Quando a bebida vicia

A dependência do café é um assunto amplamente discutido. Conforme a profissional, quando interrompido o consumo do mesmo, pode ocorrer o aparecimento de sintomas como ansiedade, irritabilidade, sensação de cansaço, dores de cabeça, entre outros. “A maioria desses sintomas está associado ao consumo excessivo de cafeína, no entanto os sintomas variam de indivíduo para indivíduo, e a quantidade de cafeína ingerida diariamente”, explica. “Normalmente o indivíduo já vem ao longo da vida consumindo determinadas quantidades de café, portanto caso a pessoa corte a ingestão de café e apareçam alguns desses sintomas, recomenda-se que seja retirado aos poucos do hábito alimentar, evitando assim esses sintomas”, aconselha.

Por: Camila Neumann

 

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