Esse método contraceptivo é cercado de polêmicas e inseguranças. Tire todas as suas dúvidas sobre ele

Muitas mulheres consideram a pílula do dia seguinte uma verdadeira salvadora da pátria quando acabam tendo relações sexuais sem proteção por descuido ou outro motivo. Felizmente, essas e outras situações que poderiam levar à gravidez não planejada podem ser revertidas com esse método. Porém, de acordo com a ginecologista e obstetra Elissa Dias, a pílula do dia seguinte deve ser usada com inteligência para fazer efeito.

 

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência

De acordo com a médica, a pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, ou seja, deve ser utilizada somente em último caso e não como um anticoncepcional de rotina. “As mulheres devem recorrer a esse método apenas em situações como quando o preservativo estoura no momento da relação, quando a paciente esquece de tomar a pílula anticoncepcional por 2 ou 3 dias consecutivos ou em casos de violência sexual”, acentua.

 

Como a pílula do dia seguinte age no organismo? Ela é abortiva?

          Segundo Elissa, a pílula do dia seguinte não é abortiva, isso é um mito. “A pílula age antes que a gravidez ocorra, e de duas maneiras. Uma delas é impedindo a liberação do óvulo para evitar que ocorra a fertilização, e outra é evitando a formação do endométrio gravídico que seria essencial para receber o óvulo fecundado”, explica. Porém, vale dizer que se caso o óvulo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum. 

 

Depois do sexo desprotegido, quanto tempo se tem para tomar a pílula?

          A ginecologista deixa claro que se deve tomar o primeiro comprimido o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida. Após esse primeiro comprido, a mulher deve esperar 12 horas para tomar o segundo comprimido. “Quanto antes ela tomar melhor é a eficácia, mas a recomendação clássica é de que se tome dentro das primeiras 72 horas (3 dias) após relação sexual sem proteção”, aconselha.

          De acordo com a médica, é preciso ressaltar que a pílula do dia seguinte não é um método 100% seguro, porém tomando certinho nas primeiras 24 horas a eficácia da pílula é em torno de 88%.

A ginecologista ainda ressalta que após utilizar esse método de emergência, a mulher não deve voltar com a pílula anticoncepcional imediatamente. “A recomendação é que se espere a próxima menstruação para iniciar uma nova cartela de anticoncepcional, e claro, sempre se protegendo com preservativo durante o primeiro mês de uso”, alerta.

 

Pode ter efeitos colaterais

         Segundo a médica, os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte variam de pessoa para pessoa e podem durar horas ou alguns dias. Os efeitos mais frequentes desse método são a alteração no ciclo menstrual e do tempo de ovulação. Além disso, dor de cabeça, dor nos seios, náuseas e vômitos são sintomas comuns.

 

Fique atenta às contraindicações

          Conforme Elissa, a pílula do dia seguinte, possui as mesmas contraindicações da pílula comum, devendo ser evitada por pessoas com doença hepática, hipertensão arterial e história de tromboembolismo venoso.

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