Pesquisas recomendam a prática de atividade física como parte do tratamento da doença 

A depressão vem se tornando uma doença cada vez mais comum no mundo todo. Aquele excesso de tristeza, uma baixa autoestima e a falta de vontade e estímulo para fazer atividades tão simples e rotineiras são os sinais mais comuns da depressão. É claro que o acompanhamento psicológico é essencial nesse caso. Alguns pacientes precisam até mesmo recorrer ao uso de medicamentos.

Contudo, uma pequena mudança de hábito pode trazer melhoras significativas para a vida de um doente. Um bom exemplo é a prática de atividades físicas. Várias pesquisas têm evidenciado a prática de exercícios como uma grande aliada no combate à doença.

Mas de que forma as atividades físicas podem ajudar no tratamento da depressão? De acordo com a psiquiatra Marine Pereira, uma das hipóteses seria de que a atividade física desencadearia uma secreção de endorfinas capaz de provocar um estado de euforia natural, e por isso, alivia os sintomas da depressão. Já outra hipótese mostra que o exercício físico regularia alguns neurotransmissores do sistema nervoso, como a noradrenalina, serotonina, e dopamina, as quais agem da mesma forma que antidepressivos, influenciando o humor, a ansiedade, o sono e a alimentação.

“A serotonina pode atenuar na formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as respostas a eventos ameaçadores enquanto a dopamina está relacionada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional”, explica Leandro de Freitas, educador físico especialista em fisiologia do exercício.

Por fim, conforme a psiquiatra, há mais uma hipótese cognitiva: a de que os exercícios físicos promovem melhoria da autoestima. “Essa hipótese sustenta a teoria de que os exercícios em longos prazos ou os exercícios intensivos são capazes de melhorar a imagem de si mesmo e, consequentemente, a autoestima”, acentua a médica.

As pesquisas demonstram que a prática de exercícios, além dos benefícios fisiológicos, acarreta benefícios psicológicos, tais como: melhor sensação de bem estar, humor e autoestima, autoconfiança, assim como, redução da ansiedade e da tensão. Além disso, a atividade física é uma das mais importantes aliadas no controle do peso. Porém, para alcançar esses resultados é preciso que a prática seja regular.

Segundo o educador físico, os mais preconizados são os exercícios aeróbios, de preferência as caminhadas, que podem ser realizadas de duas a cinco vezes na semana, com sessões que variam de 20 a 60 minutos e intensidade de 40 a 60% da frequência cardíaca de reserva.

Outra modalidade, de acordo com Leandro, são os exercícios resistidos (com peso), que podem ser realizados de duas a três vezes na semana, com sessões que variam de duas a três séries. “Esses exercícios são importantes porque aumentam a capacidade funcional e, assim, combatem algumas das principais características da depressão, que são o ganho de peso e a dor”, afirma.

 

Por: Camila Neumann

 

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