Essas substâncias têm o poder de aumentar as defesas e proteger a pele

Imagine sua pele protegida por um exército de substâncias preparadas para bloquear os efeitos negativos acarretados por estresse, poluição, falta de sono, excesso de sol. Os antioxidantes, substâncias de defesa que estão presentes em alguns alimentos e na fórmula de muitos cosméticos, estão em alta na nutrição e na dermatologia.  Porém, segundo a dermatologista Caroline B. Batista, para que se possa entender os efeitos dos antioxidantes, é fundamental mencionar outras substâncias: os radicais livres.

Os radicais livres, conforme a médica, são átomos ou moléculas altamente reativos e produzidos continuamente nos processos metabólicos naturais do organismo. Essas substâncias danificam estruturas cutâneas nobres, gerando alterações na pele como formação de rugas, ressecamento, perda de elasticidade, inflamação e carcinogênese (processo de formação do câncer). “Alguns fatores podem aumentar a sua produção, entre eles a radiação ultravioleta, poluição do ar, alimentação não balanceada, tabagismo, processos inflamatórios, consumo de bebidas alcoólicas em excesso”, lista Caroline.

Então, qual o papel dos antioxidantes nisso tudo? Segundo a dermatologista, os antioxidantes são um conjunto heterogêneo de substâncias que ajudam no combate desses radicais livres, controlando sua ação e diminuindo a sua formação, evitando assim os efeitos danosos à molécula de DNA. Com isso, contribuem para a prevenção do envelhecimento prematuro da pele.

 

Antioxidantes nos alimentos

De acordo com a dermatologista, uma alimentação saudável, colorida e rica em antioxidantes naturais consiste em um dos primeiros passos no combate aos radicais livres envolvidos no processo de envelhecimento da pele. “Primeiramente, deve-se atentar para os principais agentes antioxidantes, como as vitaminas A, C, E, licopeno, polifenóis, zinco, selênio e incluir alimentos ricos nessas substâncias na dieta”, acentua.

A dermatologista listou as principais fontes de antioxidantes para montar um cardápio que irá proteger sua pele:

Vitamina A: fígado, batata doce, cenoura, espinafre;

Vitamina C (ácido ascórbico): acerola, laranja, limão, manga, mamão;

Vitamina E: óleo de girassol, óleo de soja, abacate, margarina;

Licopeno (um carotenoóide): tomate, melancia;

Polifenóis (flavonóides e reveratrol): frutas vermelhas, soja, chá verde, cacau, tomate, uvas, vinho tinto (quantidades moderadas);

Zinco: carne vermelha, peru, amendoim, queijo;

Selênio: castanha do pará, germe de trigo, salmão, frango.

 

Antioxidantes nos cosméticos

Além dos antioxidantes obtidos através da alimentação, existem formulações tópicas e orais contendo essas substâncias. Seja qual for a sua via de administração, estas substâncias podem ser capazes de prevenir ou mesmo reduzir danos decorrentes do estresse oxidativo celular. Porém, a dermatologista alerta que deve ser analisado individualmente e somente um médico especialista será capaz de avaliar a necessidade de cada paciente.

De acordo com a dermatologista, os principais agentes de uso tópico consistem no ácido retinóico e retinol (derivados da vitamina A), as vitamina C e E, a glutationa, a coenzima Q10 e o ácido lipólico. “A vitamina C, por exemplo, pode ser aplicada de manhã antes do protetor solar e, com isso, minimizar os efeitos danosos da radiação ultravioleta na pele”, completa.

Como agentes de uso oral, a dermatologista cita as vitaminas C e E, além dos carotenoides e do chá verde (rico em catequinas). “Existem ainda fotoprotetores orais como o Polypodium leucotomos e o pycnogenol, indicados quando há necessidade de maior proteção aos raios ultravioleta, como em doenças que podem ser induzidas ou agravadas pelo sol (lúpus eritematoso, melasma, entre outras)”, acentua.

 

Não exagere nos antioxidantes

A dermatologista deixa um alerta a respeito do consumo exagerado de agentes antioxidantes. Segundo ela, o excesso de antioxidantes pode levar ao acúmulo dessas substâncias no organismo e causar efeitos indesejáveis (como queda de cabelo, pele alaranjada) e até mesmo graves (distúrbios gastrointestinais, renais, entre outros). “Portanto, a indicação de suplementos orais e até mesmo o uso de produtos tópicos deve ser feita pelo médico especialista”, recomenda.

 

 

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