Em quantidades adequadas, os óleos vegetais só trazem benefícios à saúde. Conheça as vantagens de cada um deles e faça sua escolha

Nas prateleiras dos supermercados a variedade é tanta que é indispensável saber qual tipo de óleo é melhor para a saúde.  Os óleos vegetais proporcionam inúmeros benefícios ao organismo, tais como: aumento da saciedade, queima da gordura corporal, auxilia na redução das taxas de colesterol, de triglicérides, controle da pressão arterial e na diminuição da agregação plaquetária. Os óleos também têm ação antioxidante, anti-inflamatória e imunoestimulante.

Existe uma grande variedade de óleos e de gorduras que podem ser usados para cozinhar, porém é preciso lembrar que existem gorduras mais saudáveis que outras.  De acordo com a nutricionista Marcely Nerone, quando se trata de selecionar os óleos a serem utilizados, não devemos apenas escolher os mais saudáveis e menos processados, e sim os que se mantêm estáveis mesmo depois de terem sido sujeitos a altas temperaturas. São mais indicados os óleos prensados a frio e não refinados. “Devemos também mantê-los sempre na geladeira, fechados e em recipientes opacos para evitar que fique com gosto ruim e mau cheiro, pois a luz e o calor podem alterar as propriedades dos óleos”, acentua.

Então, para acertar na compra, é indispensável saber o que cada um deles oferece antes de escolher. Para nos ajudar a resolver esse dilema, a nutricionista nos diz quais são os óleos ideais para cozinhar.

Azeite de oliva extra-virgem: o azeite é extremamente saboroso na sua forma natural. É rico em gorduras monoinsaturadas e é uma ótima fonte de fitoquímicos, os quais reduzem a fome e previnem algumas formas de câncer. Quando comparado a outros óleos, é considerado como o que mais traz a sensação de saciedade após uma refeição. É rico em polifenóis (substâncias antioxidantes) e ômega 3. Porém, o azeite não suporta temperaturas muito altas, então o ideal é usar um óleo que tenha sido extraído a frio e evitar esquentá-lo demais. Use-o apenas para temperar saladas, adicioná-lo a legumes cozidos ou até mesmo sobre a sopa.

Óleo de canola: o óleo de canola pode ser aquecido com menos preocupação. É fonte de ácidos graxos, sendo em sua maioria monoinsaturados e contém uma proporção ótima de ômega 3 e 6. Pesquisas indicam que ele ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides. Possui sabor leve comparado ao de soja, milho e girassol, e apenas realça o gosto de outros alimentos nas preparações frias. “O óleo de canola apresenta menor teor de gordura saturada quando comparado aos outros óleos, cerca de 6%”, acentua.

Óleo de coco: o óleo de coco consegue aguentar temperaturas altas sem sofrer alterações em sua composição, o que permite que ele substitua, pelo menos em parte, qualquer um dos outros óleos vegetais. Encontra-se em um estado semi-sólido à temperatura ambiente e pode durar meses sem que fique rançoso. Segundo a nutricionista, apesar de possuir alto nível de gordura saturada, o óleo auxilia na redução dos índices lipídicos do sangue, incluindo os triglicerídeos, responsáveis pela formação de placas de gordura. Além disso, é um poderoso antioxidante e possui alto teor de vitamina E, o qual auxilia na proteção da pele evitando envelhecimento precoce.

Óleo de amendoim: o óleo de amendoim é outra opção interessante para ser utilizado no preparo dos alimentos, pois suporta temperaturas bem altas. Possui alto nível de gorduras monoinsaturadas, cerca de 30% de poliinsaturadas e 20% de saturadas.  A maioria das marcas desse óleo é extraída através de processos químicos, sendo o ideal tentar buscar marcas que fazem a extração a frio.

Óleo de linhaça: Esse óleo é uma fonte de ômegas 3 e 6 na proporção ideal. Estudos mostram sua ação na redução de triacilglicerol e colesterol, atuando também na inibição de fatores inflamatórios. Pode ser misturado na proporção de dois de azeite de oliva extra-virgem para uma de óleo de linhaça e usado para temperar saladas.

 

Óleos que devem ser consumidos com moderação

Óleo de soja: o óleo de soja é rico em ômega 6, e se consumido com  moderação não traz malefício algum para a saúde, porém vale ressaltar que o ômega 6 está presente em absolutamente todos os alimentos industrializados,  ocasionando assim uma sobrecarga no organismo. “É importante lembrar também que a maior parte da soja existente hoje é geneticamente modificada, tornando esses óleos altamente processados com produtos químicos”, alerta a nutricionista.

Óleo de milho: Também rico em ômega 6, produz substâncias químicas nocivas quando aquecido. “Grande parte do óleo de milho disponível hoje no mercado provém de plantas geneticamente modificadas”, diz.

A nutricionista ressalta que por mais que os óleos vegetais apresentem vários efeitos benéficos ao nosso organismo não significa que eles podem ser consumidos em excesso, pois qualquer tipo fornece a mesma quantidade calórica, ou seja, 9 Kcal por grama, o dobro fornecido por carboidratos e proteínas, por exemplo. Assim, é importante lembrar que o excesso de gordura na alimentação está diretamente relacionado ao excesso de peso.

 

Por Camila Neumann

 

 

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