É possível evitar que o bebê tenha alergia a algum alimento? A alimentação da mãe influencia? Confira as respostas aqui

 

A alergia alimentar é um problema que aflige pessoas no mundo todo.  Aparelho gastrointestinal e pele afetados, ardor na boca, língua e garganta, dor abdominal, náuseas, vômito, inchaço no corpo, manchas na pele com coceira, e diarréia, são os principais sintomas dessa reação indesejável que ocorre após a digestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares.

Qualquer alimento pode causar uma reação alérgica, mas alguns alimentos são os principais vilões. As alergias alimentares mais comuns estão relacionadas às frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amendoins, amêndoas e avelãs), ao leite, ao ovo e ao peixe. Por isso, durante a gravidez, a gestante precisa ter muito cuidado com sua alimentação, não consumindo alimentos que, previamente já produziram alguma reação, não expondo o bebê a este risco.

Recentemente, foi divulgado na mídia uma possível adaptação à alergia durante a gravidez, sugerindo que ao consumir frutas oleaginosas, as mamães poderiam estar reduzindo o risco de seus bebês desenvolverem esse tipo de alergia. Porém, o médico alergologista Gilberto Saciloto, não recomenda. Pelo contrário, ele alerta que a gestante que apresenta alergia e que durante a gestação, ou na fase de amamentação, continua consumindo grandes quantidades do alimento alergênico tem grande probabilidade de passar essa informação para o bebê, e ele terá mais chances de desenvolver a alergia, mesmo sem consumir diretamente o alimento alérgeno.

Muitos estudos tem evidenciado que 50% dos pacientes com alergia alimentar possuem história familiar da patologia. Então, mesmo que a gestante não apresente um quadro de alergia alimentar, mas alguém da sua família apresenta ou já apresentou, há chances da criança ser alérgica se a gravidez não for regida dos cuidados necessários. Segundo Gilberto, o aleitamento exclusivo nos seios até os 6 meses e a introdução de alimentos sólidos na dieta de seu filho somente após completar 6 meses é fundamental para evitar esses problemas. “A gestante deve continuar com a sua dieta alimentar saudável, não mudar nada, e principalmente se preparar para o aleitamento materno. Converse com o seu médico ginecologista sobre isso”, aconselha o alergologista.

A alergia alimentar geralmente começa na infância, mas pode ocorrer em qualquer idade. Felizmente, muitas crianças se livrarão das alergias a leite, ovos, e peixe ao completar cinco anos, se evitarem esses alimentos antes dessa idade. Porém, alergias às frutas oleaginosas, apesar de raras, tendem a durar a vida toda. Portanto, manter uma alimentação equilibrada e confiável durante a gravidez não só garante o peso ideal, como também a saúde da mãe e do bebê.  “As grávidas estão à procura de informações que digam que seus filhos nascerão saudáveis, e às vezes muitas dessas informações não tem uma comprovação confiável. Essa é a minha preocupação.”, ressalta o alergologista.

 

Alergia ou Intolerância?

Muitas pessoas acreditam ter alergia, quando na verdade tem intolerância alimentar. Essa confusão acontece porque ambas as patologias tem os mesmos sintomas, porém o mecanismo de ação é diferente. “A alergia acontece através de uma ação imunológica de defesa com produção de anticorpos contra um alimento que tenha uma proteína específica”, explica o médico.

No caso de uma intolerância, porém, o sistema imunológico fica completamente fora da questão. É um problema digestivo, ou seja, aquele organismo não tem enzimas para digerir determinado alimento. É o caso da intolerância a lactose. Pessoas intolerantes ao leite não tem a enzima láctase e por isso não são capazes de digerir a lactose (açúcar do leite), provocando-lhes diarréias quando tomam leite ou derivados dele.

 

Por Camila Neumann

 

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